sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

A Recuperação de Natália - nossa campeã olímpica

          Quem não conhece os problemas que a jogadora de voleibol de nossa seleção brasileira Natália enfrentou a partir de junho de 2011,  não tem condições de dimensionar a importância que teve para ela a participação nas Olimpíadas de Londres, onde ajudou o vôlei brasileiro a conquistar seu segundo ouro olímpico,  e no Torneio da Superliga Brasileira. Há poucos minutos, ela acaba de se sagrar Campeã da Superliga da presente temporada, após uma vitória de seu atual clube, o Rio de Janeiro, sobre a equipe do Osasco, por 3 sets a 2. Foram 8 vitórias e apenas uma derrota. Torci muito pelo Rio, não pelo clube em si, mas por ela.

          Natália nasceu em Ponta Grossa-PR, no dia 04 de abril de 1989, está com 23 anos. Veio morar em Joaçaba, terra natal de sua mãe, Lucimar Zílio, com 15 dias de vida. É filha do ex-jogador de futebol Luiz Carlos Pereira. Gostava de jogar futebol, como o pai. Mas foi na AJOV, Associação Joaçabense de Voleibol, dos 10 aos 16 anos, que começou a se definir como jogadora de vôlei. Já aos 16 anos teve sua primeira convocação para a nossa seleção principal. Foi jogar em Osasco. É detentora de muitos títulos, desde as categorias de juvenil.

          Não tenho dúvida de que a força que o jornalista Maceió, do Jornal A Notícia, de Joinville, deu para a Natália desde adolescente, e o interesse de sua mãe e de professores de Educação Física aqui de Joaçaba, que lhe deram apoio e treinamento, foi fundamental para a sua ascenção. Lembro que, quando ela tinha 12 anos, o Maceió já pa falava dela em seus escritos no jornal. Dizia que ela seria a sucessora da Ana Moser, lembro bem. Comentei sobre isso com ele, há seis meses, quando o encontrei no Centro de Eventos de Joinville.

          É muito importante essa  recuperação Natália, que por causa de um tumor na canela sofreu duas cirurgias em 2011, e quase ficou fora das Olimpíadas de Londres no ano passado. Só foi convocada porque voltou a treinar um mês antes da competição e o técnico Zé Roberto tem muita confiança no seu potencial. E os dois têm um diálogo franco, sincero e aberto.

          Aliás, força, potência e técnica são os três melhors atributos da nossa atleta enquanto jogadora. Mas tem inúmeras outras virtudes como pessoa que valoriza sua família, a cidade onde viveu seus primeiros 16 anos, seus amigos,  e  as pessoas que estiveram em seu caminho aqui em Joaçaba. Sempre procura ressaltar, em suas entrevistas, o nome de sua cidade.

          Ter superado todos os problemas clínicos já foi uma vitória. Agora, com a regularidade com que vem atuando na Superliga, vemos que ela é uma atleta e uma pessoa vencedora.

         Com  sua pouca idade, e pela determinação com que treina e se aplica nos jogos,  temos certeza de que ela ainda nos trará muitas alegrias.

          Parabéns, Natália, grande atleta brasileira. 

Euclides Riquetti
12-01-2013
                  

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