quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

O Natal do Amílcar

           Ligou-me o Amílcar para me cumprimentar, desejando Feliz Natal para minha família. Retribuí, conversamos um pouco. Está reclamando do preço da erva-mate: "Óia, Riquetto, tenho saído pra uma entrega com o zenro aqui por Palmas, Pato Branco e no Porto. Mais num tá fácile. A reclamaçón tá muita. Non quá qualidade, que o produto aqui de General (Carneiro) é muito bom. Ma co preço, rapaiz! Imazine que aquele mesmo pacote que era de seis reais agora é de deis, onze!" Falei-lhe que por aqui a situação está igual, mas eu não abro mão de meu mate Charrua. me faz bem, dá um ânimo. Como não ligo pra cerveja, meu negócio, mesmo, é um amargo bem cevado na cuia.

          Encontrei o Amílcar e a sua Nena faz menos de um mês, em Canasvieiras. Ele vai uma vez por ano passar uns dias por lá. Eu também vou com frequência e já marco quendo ele também vi que é a forma de nos encontrarmos com facilidade. Na última vez, tive que pegar no pé dele. Deu um óculos "do Paraguay" pra Nena. Ela achou bonito, usou uma manhã e, de tarde, ao colocá-lo, quebrou. Ele ficou lamentando que perdeu os quinze reais que investiu...

          O Amílcar gosta de fazer uns agrados pra Nena, pra filha e até pro genro. E pra netinha também. Pra Nena, vai dar um óculos bom, daqueles de ótica, com garantia. Pra filha, uma caixinha de bom-bom Ferrero Rocher e uma saída de banho que a Nena ajudou a escolher. Para o genro, uma bomba de chimarrão, daquelas que tem um detalhe com o distintivo, em vermelho, do Internacional de Porto Alegre. Fazer o quê, o Amílcar é do Grêmio, mas agradar o genro também é preciso, pra que ele cuide bem da filha e da neta. Pra netinha, uma sacola cheia de coisas, tudo na cor rosa, que é a que ela gosta: sandálias Pinókio, Camisetas e acessórios Monster High, roupinhas da Lilica Repilica. Claro que foi tudo a Nena que escolheu e ele só "passou o cartón"! Comemos uma porção de camarão do Boka´s de Canasvieiras (Ah, que delícia! Meu primo Juvelino Riquetti, lá de Cascavel e a esposa, também costumam fazer "penitência" na Sexta-feira Santa no Boka´s). Bom que de lá até a Pousada são cinco minutos apenas e, se tomar umas caipiras, volta a pé, sem risco.

          Perguntei-lhe se estava tudo bem em casa, disse que estava. Que esperava, ansiosamente, pelo Natal. Acho que vai ganhar uma bermuda da nena, de brim, não quer de Tergal. A única bronca, em casa, é que passou no Mercadinho, lá em Palmas e comprou dois potes de sorvete. Quando chegou em casa, quase apanhou da Nena. Estava tudo derretido, ficou muito tempo dentro do carro.

          Maldito do jogo de sinuca, que o fez parar duas horas para uma partidinha com os amigos! 

          Mas, no mais, tudos nos "trinques"! Retribuo, com alegria, o Feliz natal do Amigo Amílcar, meu colega de Juventude dos tempos do Porto!

Euclides Riquetti
25-12-2013
         

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