O fator que mais atemoriza o cidadão brasileiro, atualmente, é o "fator violência". Mais do que todas as notícias ruins que desfilam pelos noticiosos, nas mais variadas modalidades de comunicação. A violência, tema muito debatido, algo muito temido. O mundo sempre foi violento. Sempre houve guerras em algum lugar. Hoje, porém, morem mais pessoas em consequência da chamada "violência urbana" dos que em conflitos bélicos.
A sensação de insegurança e impunidade aflige as pessoas. O número de policiais é cada vez maior, os gastos com repressão e prevenção é grande, os presídios estão cada vez mais abarrotados de gente e o resultado não corresponde aos investimentos e nem às ações. Teorizar sobre as causas é fácil, mas obter-se a solução é sempre mais difícil.
Dizer que a violência advém apenas do baixo nível social ou econômico é uma afirmação que não se sustenta. A banalização da vida, em todos os níveis e ambientes, é crescente. Matam, muitas vezes, simplesmente porque acham que devem matar. Uma vez um cidadão me disse que, para ganhar dinheiro, faria qualquer coisa, inclusive... bem isso que você pensou!
Num célebre julgamento ocorrido nas dependências do Ateneu Clube, em Capinzal, na segunda metade da década de 1960, o advogado Cid Pedroso defendia um cidadão que havia tirado a vida de outro. Alegava o advogado a "legítima defesa da honra". O cara havia matado uma pessoas respeitável porque este o chamara de ladrãozinho. Infelizmente, um perdeu a vida e o outro perdeu anos preciosos de sua vida no cárcere. Doutor Cid usava uma frase de Augusto Comte para embasar sua oratória, sua sustentação oral: "A violência gera violência, só o amor constrói para a eternidade".
O Presidente Getúlio Vargas, considerado o Pai do Trabalhador Brasileiro, que instituiu leis que contemplam o trabalhador até hoje, inclusive a CLT, costumava recorrer a ela frequentemente em seus discursos. De fato, atitudes de violência sempre provocam mais violência...
Certamente que o tema "violência" vai continuar fazendo parte da pauta de debates por muito tempo. Tenho a minha opinião: o possível infrator age com mais ânimo e facilidade se perceber que, mesmo fazendo o mal, pouco ou nada acontecerá com ele.
Euclides Riquetti
10-08-2015
Caro professor! A violência, é um tema discutível e abrangente. São inúmeros os acontecimentos atuais. Mas, penso, que o mínimo que podemos fazer, é a corrente do bem. Sermos mais tolerantes, tentar compreender nossos semelhantes, respeitar as diferenças...É difícil! Sim, no entanto, podemos amenizar um pouco. Abraço, amigo. Luiz Carlos.
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