quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Os atrapalhos do Amilcar e da Nena

          Já fazia um tempão que eu não tinha notícias do Amílcar. Liguei para ele, pois deveremos passar por General Carneiro, onde mora a filha dele e da Nena, na semana que vem. Nosso papo inicial é o mesmo de sempre: Falo de minha  neta e ele da dele. Queria que fôssemos a Palmas para ficar uns dias por lá, mas tenho que visitar os filhos em Ponta Grossa e Maringá, possivelmente dando uma passadinha, na volta, por União da Vitória para rever minha irmã Iradi, seus familiares e sua neta, que ainda não conheço, Maria Luíza.

          Combinei com ele para que me espere ali naquele comércio que tem um cavalo na frente, ao lado da BR, em General.  Ele diz que, se eu reparar bem, pode ser que seja uma égua, não um macho. Nunca fui conferir, pode ser que ele tenha razão. Perguntei se anda fazendo alguma maluquice, o que é normal na vida dele. O Amílcar, desde os nossos tempos de juventude, é muito divertido. A gente "se entende por música".

          Contou-me, desta vez, que anda muito esquecido, talvez distraído. Ou, ainda, um pouco descuidado. Perguntei por que e ele me falou que, outro dia, ontem mesmo, pôs a cafeteira italiana para fazer café. Deixou a água no nível certo, pôs no fogo a gás. Foi lá fora dar uma olhadinha nos passarinhos e demorou-se por lá. Quando se deu conta, imaginou que o café já tivesse fervido, ido por cima e sujado o fogão. ia ser aquela pegação no pé por parte da Nena. Correu lá, desligou o botão do fogão e estava tudo certo. Abriu a tampa da cafeteira e estava tudo normal. Olhou bem não havia cheirinho de café fresco, embora o bulezinho estivesse cheio. Ih, esquecera de por o pó de café, a água havia evaporado e subido, estava ali, mas não era café. Ri muito da doideira dele.

          Mas contou-me, também, que a Nena está sem moral para pegar no pé, pois, outro dia, pôs uma panelada de mandioca para cozinhar, foi lavar a calçada e, quando voltou, imaginou que a mandioca estivesse mole, e não estava. Ela esquecera de ligar o fogo... E que hoje, de manhãzinha, pôs uma chaleira de água ara esquentar para que ele lavasse a louça, mas esqueceu de ligar o fogão, de novo... Pura distração!! desmanchei-me em risadas de novo. Consolei-o: por aqui também a gente esquece de algumas coisas. Tem gente, por exemplo, que esquece de pagar suas contas...

          O papo estendeu-se. Relembramos de algumas de nossas passagens dos tempos de juventude, de nosso reencontro, muitos anos depois, da promessa que fizemos de nos vermos pelo menos uma vez ao ano. Quem sabe, uma hora dessana semana que vem, ou mesmo, no final de setembro, na praia de Canasvieiras... lá, chutando a água com os pés!

Euclides Riquetti

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