quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

A palma branca, solitária

 



Repousa, uma palma branca, solitariamente
Em meio a um vasto campo, abandonada
Por entre os cachos de granos da cevada
Repousa, dócil e serena,  docemente.

Espera, com seu gladíolo verde,a branca palma
Que venha contemplá-la a andorinha
Ou que lhe toquem os dedos da menininha
Espera, placidamente, terna e calma.

Ser uma flor, apenas uma flor perdida em meio ao pasto
Uma flor a exalar o seu perfume
Longe do mundo vil, mundo nefasto.

Ah, como são gloriosas as manhãs de espera
Em que jaz ali, na paz e na quietude
A branca flor que adorna minha primavera.

Euclides Riquetti

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