sábado, 10 de setembro de 2022

Eleições – pouco se foge do que foram as anteriores

 



       As eleições deste ano não são muito diferentes de todas as havidas nas três últimas agressões verbais e até físicas décadas. A língua solta, as acusações de lado a lado, o desrespeito ao ser humano, as calúnias, mentiras, tudo parece muito prostituído. E há quem esteja injetando dinheiro aos candidatos, na maioria das vezes por algum tipo de interesse. O antagonismo, principalmente entre os candidatos que apresentam melhores resultados nas pesquisas de opinião pública, está muito presente nas campanhas dos candidatos neste ano. Pouco se foge do que foram as eleições anteriores.

       Nos últimos dias, parece-nos que a imprensa está agindo com mais equilíbrio, executando um trabalho mais jornalístico. Assim como existem leis que normatizam a política em tempos de campanhas, também pode haver alguma forma de punição a quem exagere em sua tendência, selecionando os conteúdos, de forma a ajudar um e prejudicar outro candidato.

       Uma pessoa, militante da esquerda e simpatizante do candidato Lula, tentava me dizer, e convencer, de que o Governo deu muito dinheiro à TV Globo, que ela estaria vendida ao Bolsonaro, tendo deixado de noticiar, com ênfase, notícias que desgastariam a imagem dele. Ao longo dos anos, sempre houve esse tipo de comentário.

      O tempo está passando e em três semanas teremos o pleito. Em termos de Santa Catarina, os candidatos aos mais diversos cargos estão se movimentando muito em todas as regiões. Eu mesmo fui convidado a participar de reuniões e recebi alguns telefonemas de pessoas que buscam a sua reeleição. O Oeste e o Meio-Oeste estão sendo buscados por candidatos do litoral, pois cada um quer encontrar compensações para perdas em seus próprios domínios. A política exerce certo fascínio sobre o ser humano. O eleitor que se sente reconhecido pelo candidato acaba votando nele e, ainda, ajudando a fazer campanha em seu favor. Mas se você escutar o que é falado no rádio e na TV, verá que os discursos não são muito diferentes em termos de promessas. Agora, o que menos conta é a ideologia, que cede lugar ao pragmatismo eleitoral. Os marqueteiros instruem os que os contratam, orientam suas equipes, elaboram planejamentos de campanhas.

       Quatro candidatos de centro-direita e um de centro-esquerda estão na disputa do cobiçado cargo de Governador. Há um certo equilíbrio e, ao meu ver, a eleição se definirá mais pela rejeição do que pela preferência. Nas campanhas estaduais, o nível é bem melhor do que nas de nível federal. E, como não se tem nenhuma condição de se precisar quem iria para a disputa no segundo turno, todos tentam parecer simpáticos ao eleitor e mesmo ao adversário. Para o candidato à reeleição, Carlos Moisés, a estrutura de campanha implantada em cima de realizações de seu Governo e apoio aos prefeitos, muito conta. Porém, tem uma relativa vulnerabilidade, e as pesquisas mostram que tem mais rejeição do que preferência.

       Por ocasião da realização das pesquisas, muitos dos entrevistados escondem o jogo. Por vergonha ou outro motivo qualquer, até se manifestam por votar num candidato que não é o de sua preferência, achando que, de alguma forma, pode levar os adversários à acomodação, melhorando os lados de seu candidato preferido.

       Lançamento de meu novo livro – Na segunda-feira, 05, houve o evento de lançamento de meu livro “Crônicas dos Antigos Rio Capinzal, Abelardo Luz-Ouro e arredores. Organização impecável, em Capinzal, no auditório da Escola Municipal Viver e Conhecer, tive o total apoio da Administração Municipal, através de seu Departamento de Cultura. Intensa atividade cultural, com uma bela performance do Sexteto da Banda Municipal, a costumeira excelente performance da cantora Carmen Baséggio, que entoou o Hino Nacional e o do Município. Jovens valores participaram da produção de um vídeo, onde se citaram registros históricos a partir dos saudosos historiadores José Waldomiro Silva, que foi prefeito de Joaçaba e Deputado Estadual, Holga Maria Siviero Brancher, professora de História, e Doutor Vitor Almeida, advogado e historiador. Agradecimentos ao Prefeito Nilvo Dorini, à Vice Noemia Bonamigo Pizzamiglio, Assessora Sirlei da Silveira, e Diretora de Cultura Tatiane Riffel. De Joaçaba, fui prestigiado pela Presidente do legislativo, Disnéia De Marco e pelo político e empresário Joventino De Marco. Amigos, políticos, familiares e leitores estiveram no evento e agradeço a todos pelo prestigiamento.

Euclides Riquetti – Escritor -  www.blogdoriquetti.blogspot.com

 

Um comentário:

  1. Não Richetti, as coisas não são todas iguais . Isso que você diz chama-se senso comum que é a naturalização das barbaridades pelas classes dominantes,. aceitas como naturais, pelas classes subalternas.. Trata-se da repetição da mentira.
    O sociólogo francês Pierre Bordieu - (1930-2002) -em sua obra A Distinção - crítica social do julgamento - deixa isso bem claro .
    Cito aqui aquilo que o sociólogo jessé Souza disse: A classe média tira "onda de moralista", mas fecha os olhos para a corrupção de bolsonaro..
    Ela é conivente com o saque promovido pelas elites. Temos a prova empírica. Ninguém saiu na rua contra a corrupção de temer, aécio e jair bolsonaro". Segundo ele, o moralismo concede superioridade moral aos autoproclamados moralistas.
    Sobre essa questão: verdade - mentira - recomendo a leitura do artigo escrito pelo sociólogo Evandro Ricardo Guindani, da Unipampa, no jornal O TEMPO de Capinzal "É mais fácil acreditar",
    Vale a pena ler os artigos de Guindani. É uma luz no meio da escuridão...

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