domingo, 11 de setembro de 2022

Futebol - dos tempos dos pés no chão! Crônica em homenagem aos atletas do Esporte Clube Coxilha Seca -Penharol e outros - Ouro - SC -


 


1. Guerino Riquetti - Treinador e líder do grupo; 2. Ernesto Riquel; 3. Defendente Morosini; 4 - Itacir Savaris; 5. Ivo Santo  Guerra, o Bode Branco. 6. Adelino Baretta, o Nené; 7. Não identificado; 8. Juca de Tal; 9. Raimundo Pissoli. 10. Não identificado; 11. Rivaldino Faccin; 12. ...Adami. 

Ficarei muito agradecido se algum amigo puder identificar os que não consegui apurar o seu nome para que eu possa escrever aqui. 

       O futebol, hoje, movimenta bilhões de dólares no mundo. Tudo isso alimentado e incentivado por uma mídia ousada e esperta, que ajuda os clubes famosos a tomarem o dinheiro dos torcedores e dos apaixonados pelo esporte bretão. Há lavagem de dinheiro na jogada, muito mais do que o verdadeiro futebol. Clubes endividados e falidos, de uma hora para outra parecem nada mais deverem e contratam jogadores por valores bem acima do que vale seu passe e com salários fora da realidade brasileira. Além de receberem patrocínios de grandes empresas mundiais. No Brasil, foi histórico o investimento da Caixa Econômica Federal no futebol profissional e do Banco do Brasil em outras modalidades esportivas. Sempre achei um absurdo um banco estatal patrocinar futebol. Menos mal o BB, que ajudava modalidades onde o esporte é mais praticado com devoção e os salários dos atletas muitas vezes são muito ínfimos.

    Mas, meu propósito, hoje, é dizer que, nas cidades de colonização italiana e germânica, no Vale do Rio do Peixe, o futebol amador sempre foi muito ativo. Nas comunidades rurais, cada uma delas tinha o seu time. Trocavam visitas com as lindeiras e iam jogar embarcados em carroceria de caminhão. Vilson Ársego, Antônio Biarzi, José Formentão, Davi Andreis, Rozimbo Baretta, Gabriel Penso, Davi João Seben, Ivalino Maziero, Naudi Buselato, Selvino Savaris e seus filhos Vítor, Hilario e Ivo,  Fernande Maziero, Santo Baldasso, Zitro Brum, Agenor Jacob Dalla Costa, Neivo Bortoli, Nelson Andrioni, Olino Neis e seus filhos, Umberto Andrioni, Ivo Brol, Nézio Zanol, Osvaldo Tessaro, Aristides Tieppo, Carlos Baretta, Celito Baretta, Aquiles Masson, Rosalino Mauli, Claudino Moresco, Celito Riguel, João Rech Sobrinho, Nízio Dal Piva, Valdemar Masson, Ulisses Masson, Benjamim Miqujeloto, Sadi Domingo Brancher, Adelar Baretta, e muitos outros, muito fizeram pelo esporte no território do Município de Ouro. 

       Com o passar do tempo, veículos menores passaram a realizar o transporte de jogadores, ônibus,  vans, kombis e caminhonetes diversas foram sendo utilizados. Hoje, praticamente todos os jogadores têm carros, há campos desativados por falta de jogadores, pois as pessoas foram saindo da área rural para as cidades e o futebol praticamente morreu. 

       Mas levo-me  a homenagear esses colaboradores, bem como aqueles que iam no sábado à tarde ou domingo de manhã aos campos para marcar as linhas do gramado com cal ou mesmo serragem de madeiras, receber e pôr as bebidas para serem geladas, espetar e assar churrasco e outros afazeres. Tudo pelo bem dos amigos, deles mesmos e das comunidades.  E, para representar os que gostavam, verdadeiramente, de jogar futebol, escolhi colocar aqui a foto que está comigo e me foi emprestada pelo amigo Dr. Pedro Morosini, meu colega de Mater Dolorum, ex-sargento da PMSC e vereador, em Ouro,  e atualmente advogado. Visitei-o nos primeiros dias de março do ano passado para entregar-lhe o convite para o lançamento de meu novo livro de crônicas e prometi-lhe que buscaria encontrar a foto para devolver-lhe. 

       Data e mesma do final da década de 1960, quando, em uma oportunidade, reuniram-se alguns moradores da Coxilha Seca para transformar um potreiro em campo de futebol e formar um time. Meu pai foi convidado a ajudá-los a se organizarem. Num domingo pela manhã, roçaram e limparam o terreno, colocaram as traves, fizeram o campo e ainda jogaram uma partida de futebol. Difícil foi livrarem-se de alguns estrepes que judiaram de seus pés. Mais jogaram bola. Adiante, o campo foi ocupado pelo Boca Juniors, time organizado pelo Valdovino Masson e amigos. E, na sequência, organizaram o Penharol, liderado por diversos jovens, entre eles o Maurício Dambrós, principal jogador do time e verdadeiro craque. 



       O idealismo das pessoas e sua história precisam de reconhecimento. Uma pena que nos falte a reativação do Museu Professor Guerino Riquetti e o registro, ao menos fotográfico, de tanta história que nos deu o futebol. Então, acima, postei a foto do Esporte Clube Coxilhaa Seca.  Que os descendentes de cada um dos jogadores, ou os próprios que ainda existirem, possam ver todos homenageados.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Amigos, peço-lhes a gentileza de assinar os comentários que fazem. Isso me permite saber a quem dirigir as respostas, ok? Obrigado!