Conheci o Jayme Monjardim quando eu tinha 37 anos. Por força de meu cargo público, era instado, constantemente, a participar de eventos que reuniam "gente fina". Alguns me consideravam "da fina" e me convidavam. Com isso, conheci muita gente importante, até famosa. (Há pessoas importantes e isso não significa que sejam famosas, como você, leitora, por exemplo, que mora em meu coração). Num aniversário meu, havia, coincidentemente, um evento no Clube Floresta, em Ouro, e uma convidada muito especial: Márcia Kiatkoski, Miss Brasil. Era uma paranaense de Curitiba e ganhei dela um beijinho "de sobrinha", no rosto, e uma abraço pelo aniversário.
De outra feita, estavam filmando a novela "História de Ana Raio e Zé Trovão", em Treze Tílias, e, na condição de Prefeito em Ouro, fui convidado pelo Rudi Holwailler, Prefeito de lá, para participar do Baile dos Artistas. Fomos com a Vera e o Caio Zortéa, nossos amigos "de verdade". Lá, conhecemos o Monjardim, que era marido da bela Ingra Liberatto, a "Ana Raio", que fazia par com o Zé Trovão, o magnífico Almair Satter (Ando devagar porque já tive pressa...). Ai, que vontade de chorar!...
São 22 anos que se passaram. Agora, depois de muitos trabalhos na TV e de dirigir "Olga", no cinema, o Jayme Monjardim volta à telona com uma adaptação de " O Tempo e o Vento". (Vai ser de chorar de emoção). O nome já diz tudo, e o saudosismo fica intenso nessas ocasiões, principalmente para nós que já subimos uns 60 degraus para chegar no "deck" da maturidade. E, sabem quem estará estrelando o filme: nada mais nem ninguém do que Fernanda Montenegro, Thiago Lacerda e, sabem quem? Marjorie Estiano!!!
Na primeira vez que referi a ela, falei que ela tinha o talento da Fernanda Montenegro, que era poprroqueira, que virara atriz, que apenas o talento a deixava bonita. Agora, já estou convencido: Ela é bonitaça! E está mais madura, mais experiente. Vai fazer muito sucesso. O Diretor do filme , o Jayme, é filho do André Matarazzo e da cantora Maysa. Aposte: a produção vai ser sucesso nacional e internacional.
Quando assistíamos aos filmes no "Cine Glória" ou no "Cine Farroupilha", em Capinzal, e éramos "teens", não imaginávamos que um dia nos tornaríamos "razoavelmente antigos". E quem nos trazia as alegrias era o Armando Viecelli, depois o colega Eraldo Markus, com quem estudei minha "Contabilidade", na CNEC. Hoje, veio a TV, a redenet, os mais fornidos (não estou dizendo fornicados...), já têm ipad, iphone, etc. Mas, todas essas maravilhas nos permitem acesso rápidfo à informação. E, quando nos damos conta disso, percebemos o quanto já somos vividos, antigos! Mas podemos dizer que, em nossa cidade, tivemos muitos privilégios: uma juventude muito bacana, oportunidade de estudar, cinema, boates, amigos, amigas...
É, acho que nossa geração viveu a época melhor da História. Estivemos na linha divisória do convencional para o avançado. Apeveitamos os tempos bucólicos e estamos presenciando a era dos alcoólicos, em que se bebe cerveja como água. Ser antigo me permite analisar, friamente, todas as transformações que acontecem, cada vez em maior velocidade.
Euclides Riquetti - um seu criado
14-03-2012
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