Arbitar, em qualquer circunstância, é um ato que exige isenção, habilidade e muita competência. Mas, o que vi no filme "O Árbitro", hoje, às 6,00 da manhã, é algo muito inusitado e hilário. Nele, o papel (muito informal) de árbitro, é composto pelo ator Denis Leary que, justamente ontem, completou 55 anos. É norteamericano do Massachusetts, com 17 filmes, dentre os quais as sequências de "A a do Gelo", e dezenas de participações na TV.
Em "O Árbitro", de 1994, ele é Gus, um assaltante que rouba jóias numa joalheria de uma pequena cidade americana, na noite de Natal. Como a cidade tem todas as saídas controladas por forte aparato policial, acaba rendendo um casal briguento, em vias de divorciar-se, e os obriga a levá-lo, em seu carro, para a casa deles. O casal, formado por Caroline Chasseur (Judy Davis), e Lloyd (Kevin Spacey), tem um filho, jovem pra lá de maluquinho, além de rebelde e revoltado. E ainda esperam a mãe de Loyd, e outro casal, cunhados, com seus filhos, para a ceia de Natal. E acabam todos na mesma casa, para onde vai também um Papai Noel Bêbado, e, ao final muitos policiais, alguns aloprados. É uma verdadeira terapia ver os fatos que se sucedem na fita. O casal é tão briguento que acaba envolvendo completamete o assaltante, que passa a mediar os conflitos entre o marido, a esposa, o filho, a sogra (agiota), a cunhada, o cunhado. Ninguém fica de fora da "dança". E o bandido é apresentado aos parentes como Dr. Wong, um terapeuta de casais, loiro, que nada tem de "Wong".
Spacey 53 anos, de New Jersey, ator e diretor do cinema americano premiadíssimo, dezenas de filmes e participações na TV, faz de Lloyd uma figuraça. Judy Davis, que faz "Caroline", no alto de seus 57 anos, 32 filmes e 17 trabalhos para a TV em 35 anos de carreira, tendo vivido um papel como "Nancy Reagan", é uma mulher que se considera pouco valorizada pelo marido, quer o divórcio, mas ele não lhe quer concedê-lo. A trama é extraordinária e mostra, mais uma vez, a competência e a criatividade americana em produzir filmes. Judy Davis, a bela Caroline, é mesmo fenomenal.
Imagine um grupo que se forma com um casal, evolui para mais de uma dezena de pessoas, todos dando muito trabalho para o assaltante, que vira árbitro na situação conflituosa.
Num fim de semana em que eu me propunha "não fazer nada", dentre muitas coisas boas que fiz, foi ver "O Árbitro", que recomendo para uma dia em que você estiver dispoto a "vivere un dolce far niente" Vale a pena assistir.
Euclides Riquetti
19-08-2012
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