sábado, 22 de dezembro de 2012

O Dia Seguinte (ao do fim do mundo...)

          Os japoneses, bem antes do que nós, comemoraram o triunfo da normalidade sobre a tragédia: Meio dia antes do que aqui, terminava o 21 e o mundo não tinha acabado. Soltaram alguns fogos até.

           Escrevi  no facebook para o Steferson Stares, e ele respopndeu, lá da Alemanha, que não havia acontecido nada, graças a Deus. A maioria de meus amigos virtuais estavam certíssimos de que o mundo não acabaria. Nenhum de meus amigos norteamericanos, até a madrugada, manifestou-se com a possibilidade de o mundo acabar lá, considerado o fuso horário. O Vladimir Putin, Presidente da Rússia, um dia antes,  garantiu que o mundo só vai acabar daqui a 4,5 bilhões de anos. Em São Thomé das Letras, Minas Gerais, onde há um pico de 1.440 metros de altura, os terrenos entraram numa especulação imobiliária por conta do fim do mundo e foram valorizados em 50%. Dizem os corretores que é porque lá é um lugar ideal para buscar e renovar energias espirituais e então, já há alguns meses, as pessoas começaram a comprar propriedades. Antes eram vendidas a preço de banana e depois passaram a pagar preço de morango, ou de tomate, que pela instabilidade climática, nos últimos meses, tem ficado mais caro. Até o "de promoção" está com o preço inflacionado.

          Quando fui dormir, ontem, o dia não tinha acabado ainda nos Estados Unidos, mas pelos acessos que meu blog teve de lá, hoje, tenho certeza de que não acabou. E, todos aqueles profetas do apocalipse e os pregadores do catastrofismo ficaram desacreditados. Até  eu fiquei preocupado com minha imagem pública porque ontem falei para uns trabalhadores de que não adiantava ficarem se matando de trabalhar sob o sol quente se hoje, sábado, poderiam ficar sujeitos a não receber nada  caso  o mundo acabasse. Mas acho que eles fizeram uma reunião, deram umas risadinhas e não acreditaram em mim, porque continuaram a dobrar  ferros, tirar terra da valeta e colocar pedras para fazer drenagem. Acho que pensavam que se houvesse um dilúvio eles teriam feito a parte deles e não seriam eles os culpados pela inundação do mundo.

          De manhã saí cedo para fazer o cerimonial de assinatura da Ordem de Serviço para o asfaltamento da Rodovia Ouro/Jaborá, um sonho de 32 anos. A MonteAdriano, de Portugal, vai executar a obra de 33,6 Km. Uma época as empresas brasileiras iam fazer estradas na Europa, na Ásia e na África. Agora vêm daqueles lados para fazer estradas aqui. É o fim do mundo!!! (Mas é só uma expressão altamente exclamativa, não se assuste).

           Na estrada havia apenas uma árvore caída, no acostamento. Deve ter sido um pequeno ventinho, insignificante, e ela deve ter caído de madura.  Então,  não houve qualquer grande evento adverso que me desse pelo menos un indício, um tiquinho sequer de pista,  de que houvesse acontecido algo que ensejasse um fim de mundo.

       Fiquei muito contente com tudo. Nada de mal aconteceu com  ninguém. Apenas que alguns bebuns, por aí, bateram carros em postes e não quiseram fazer o teste de bafômetro. Isso acontece muito às sextas-firas. Mas já vi que Dina Dilma vai assinar a severidade da Lei Seca sem vetos. Estava no site da Globo, com destaque.   

       Agora, nuvens escuras estão enegrecendo o céu. Mas estou com coragem, sem nehum receio: Não será isso que vai fazer com que o mundo acabe. Agora, só daqui a 4,5 bilhões de anos. Acho que eu, você e o Putin não estaremos mais aqui para saber se ele está  falando a verdade.

Euclides Riquetti
22-12-2012

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