segunda-feira, 18 de março de 2013

A Conferência das Cidades.

         Os noticiários e sites das cidades do Vale do Rio do Peixe passam a anunciar uma nova Conferência Regional das Cidades. Cada cidade fará sua reunião preparatória e Joaçaba realizará a conferência maior. A população é convidada a participar,  mas só quem tem representatividade poderá votar e ser votado para atuar como delegado à Conferência Estadual.

        Na conferência anterior, cada cidade realizou a sua preparatória e depois aconteceu a Regional, no Auditório Jurídico da Unoesc. Foi uma lástima, uma vergonha. Saí de lá chateado porque as propostas votadas e encaminhadas foram pequenas afrontas à inteligência. Coisa tipo que o Governo Federal deveria dar mais dinheiro aos Municípios para eles contratassem empresas para  a feitura de projetos, alteração dos percentuais de FPM (Fundo de Participação dos Municípios) de modo que os municípios possam ter mais dinheiro e executar seus projetos. E muitas coisinhas típicas do varejo, nada para o atacado.

      Um advogado amigo meu, o Carlos Brustolin, tinha algumas ideias muito parecidas com as minhas, que seriam próprias para cidades como as nossas do Baixo Vale do Rio do peixe, com menos de 30.000 habitantes. Uma delas  era a de que se viabilizasse implantação de vilas jurídicas fora dos concentrados urbanos, onde  deveriam funcionar todos os órgãos públicos, repartições e autarquias. Joaçaba, por exemplo, proporia Lei para que essa transição ocorresse em 10 anos. Uma área ampla  deveria ser designada, um  lugar de fácil acesso regional, até porque os órgão públicos que aqui se localizam, muitos deles, atendem interesses regionais.

           A área  escolhida teria seu Plano Diretor e os órgãos comprariam o necessário de espaço para as construções, acessos e estacionamentos. Isso desafogaria toda a ára central de um movimento de veículos inútil, que só traz problemas para a cidade, pois entende-se que os que acessam esses serviços pouco deixam no comércio local. A área antiga ficaria como  um centro de comércio,  ainda melhor do que já é. O Executivo deveria porpor leis e o Legislativo analisar e, sendo concensuais, aprová-las. Mas na conferência o público presente não tinha compreensão disso. Fora uns poucos engenheiros do CREA e AMMOC, as prefeituras encaminharam funcionários que exercem funções que nada tinham a ver com os temas dos 4 eixos propostos pelo Ministério das Cidades. E a sociedade estava ausente. As entidades que representativas estavam ausentes, não deram importância ao que estava acontecendo. Vão, ainda, se arrepender disso...

          Não acredito muito que o quadro possa mudar para a Conferência deste ano. Mas vou fazer a minha parte.
          Na forma como o desenvolvimento das cidades tem sido entendido, cada vez mais vê-se crescer o caos da mobilidade. Se tivermos ações planejadas poderemos evitar mais dores-de-cabeça do que já temos, evitando muitos outros  problemas muito maiores que ainda estão por vir. E virão, ninguém duvida disso, pois quem iria imaginar,há  20 anos, que as cidades um dia viessem a ficar abarrotadas de carros como hoje.   ´

          As pessoas estão preocupadas com vagas para estacionar. Ora, isso é fácil de resolver: A iniciativa privada pode ser estimuldada a construir edifícios de estacionamento, como já acontece nas cidades grandes. Essa verticalização resolve um problema, mas faz aumentar o tamanho do outro. Não é só lugar para guardar carros, é lugar para que eles andem, sem confusão.

          A Conferência das Cidades é o fórum para que as pessoas possam melhorar seu conhecimento e opinar sobre os problemas, sugerindo soluções. E as autoridades maiores devem dar o bom exemplo, participando de todas as reuniões. Até porque as idéias discutidas precisam ser bem assimiladas. Ao contrário, continuarão a empurrar os problemas com a barriga e, quanto mais o tempo passa, mais difícil fica resolver.  

          Tenho propostas claras, firmes e exequíveis sobre a mobilidade urbana, que estarei levando à Conferência. Principalmente sobre mobilidade urbana para nossas pequenas cidades.  Se a conferência acontecer quando eu estiver fora, vou protocolar propostas que refletem meu pensamento junto à Comissão Coordenadora. Não quero omitir-me. Estarei verificando o interesse pela participação no evento e as propostas apresentadas e aprovadas. Cobrarei posições dos que se omitirem, embora o propósito é de que as coisas efetivamente aconteçam e deem resultados positivos.

Euclides Riquetti
18-03-1013



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Amigos, peço-lhes a gentileza de assinar os comentários que fazem. Isso me permite saber a quem dirigir as respostas, ok? Obrigado!