domingo, 9 de junho de 2013

Quantos filhos você tem?

          Na semana que passou nosso venerando Papa Francisco, o argentino, que tão  humildemente se portou  logo que foi alçado à condição de representante maior do Apóstolo Pedro aqui na Terra, levou um banho de críticas por ter falado que os casais costumam ter apenas um filho por egosísmo ou por não abrirem mão do seu conforto pessoal, de suas viagens, de ter sua casa própria e bem confortável. Não tenho o contexto de como foi que surgiu o comentário, mas toda e qualquer análise feita sem se ter o panorama do fato é sempre temerário. E, sempre, é bom ver e ouvir os dois lados da situação para poder "tirar uma pranta", como diziam meus alunos do Ensino Médio, lá na Escola Sílvio Santos.

          Vendo algumas postagens na internet, senti  que a maioria dos nautas criticou a posição do Santo Papa, que traduziria a posição da Santa Igreja Católica. Discutir política, religião e futebol é sempre muito difícil, pois cada ser tem sua maneira de ver as coisas. Até algumas pessoas costumeiramente  comedidas manifestaram-se, naturalmente que com comedimento, mas achando que o papa não está com a razão. Penso que seja prfeciso ver bem a situação em que a afirmação foi feita e se tem, mesmo,  caráter assertivo. Ou se é reflexivo...

         Eu, pessoalmente, tenho três filhos e uma neta. Estou muito contente com o número de filhos, a maioria de meus colegas de escola tiveram dois, alguns três, mas isso não é regra. E que venham tantos netos quantos possam vir, terei imenso carinhos por todos eles, ajudarei a cuidá-los. Meus avôs e seus contemporãneos  ficaram na casa próxima da dezena, mais para mais do que para menos disso. A geração de meus pais dividiu isso ao meio e tiveram 5 ou 6. A minha, na casa dos 60 anos  e acima, 2 ou 3, mais 2 do que 3. Quer constatar? Então,  fique imaginando todos os seus colegas (aqueles com quem você não perdeu o contato), e veja quantos tilhos eles tiveram. A  geração abaixo, apenas um, ou dois, não muito longe disso. Os tempos mudaram, quase todas as mulhares trabalham fora, todos estudam, mudaram os costumes. É até possível que, com o tempo, as pessoas voltem a ter um número maior, mas, elevado, não creio que possa acontecer de novo.

          Ter ou não filhos é uma opção de cada casal ou mesmo de cada pessoa. A maioria justifica o não ter,  ou ter apenas um,   dizendo  que não é possível dar boa educação a mais de um filho, que por isso preferem ter apenas um. Intervir na vida dos outros, plantar ou colher em seara alheia não é bom. Então, respeitar a posição de cada um.

          Mas, como é bom ver famílias que se reúnem, com um monte de filhos e netos, rir, contar mentiras, vantagens ou infortúnios, e até fazer confusão, muitas vezes. O prazer de ter uma "tropinha" perto da gente, é impagável. E, quando todos são falantes, que alegria!

          As  pessoas que optaram por ter poucos ou nenhum, também têm como fazer tudo isso:  reúnem-se em grupos de amigos, fazem suas festas, comem, bebem, dançam e se divertem da mesma forma. Importante, sim, é viver bem a vida, dentro de certas  regras, como ideal moderação, sem dar trabalho aos outros e sem ter trabalho com esses. Respeitar as escolhas e aprender a conviver com grupos humanos que não sejam do mesmo sangue. Tem afinidades que vão além das sanguíneas, que muitas vezes ensejam mais entendimento do que estas.

           Você, madura ou maduro como eu, já fez sua opção. E você, leitor, ou  leitora, mais jovem, que está na vez,  deseja ter quantos? Só você, ou o mesmo pensamento tem seu companheiro ou companheira?
É uma decisão que não pode ser unilateral...

Euclides Riquetti
09-06-2013


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