domingo, 8 de setembro de 2013

Enquanto trotam, silentes, os cavalos da noite...

Enquanto os cavalos da noite trotam silentes
As estrelas se espaçam no céu para o seu cintilar
Os ventos frescos  lufam nas árvores contentes
Energizadas pela dócil  fluidez do ar!

Sob os telhados e  os brancos lençóis de algodão
As almas se encostam dentro dos corpos aquecidos
(O tímido luar dissipa a forte escuridão)
E os amantes se escondem com seus instintos adormecidos.

As vozes e as melodias que nos são trazidas nos ruídos do vento
Nos dão recados que brotam  dos corações desalentados
Nos trazem as dores, as angústias e o lamento
Dos seres deprimidos, tristes e  abandonados.

E enquanto trotam, silentes,  os cavalos da noite
Que vagam libertos do malvado açoite
Para onde vão as almas, elas e seus pecados?
Ah! As almas se acomodam em seus corpos pecadores
E esperam os raios do sol, do dia os salvadores
Aop encontro do destino que lhes foi traçado!

Euclides Riquetti
08-09-2013

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