domingo, 5 de abril de 2015

A canção da tarde

Quando a canção da tarde de sol  chegou até mim
Trazendo-me  os acordes das ondas espumantes
E o verde  das águas turbulentas  fundiu-se no anil
Divaguei em sonhos de amor, em desejos extasiantes
Que saíram para se perder  sobre o mar sem fim.

Quando as crianças sorriram seus sorrisos florais
E, sentadas na areia, construíram seus castelos
Com suas mãos delicadas e movimentos magistrais
Me contagiando com seus olhinhos ternos e singelos
Eu vi você presente em seus rostos angelicais.

Quando o balanço das  marés replainou as areias
Também apagou os versos que nelas eu houvera escrito
E meu poema foi espalhar estrofes para as belas sereias
Que se refugiam nas águas do largo  oceano infinito
Que na noite se ilumina com a luz das tímidas candeias.

Euclides Riquetti
05-04-2015





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