Após investigações do FBI norte-americano, aconteceu a prisão de integrantes do alto escalão da FIFA, por autoridades policiais de Zurique, na Suíça, sede da poderosa entidade controladora do futebol mundial. Os detalhes e a repercussão vou deixar que vocês leiam nas matérias que a imprensa mundial vem publicando. No Brasil, causou grande repercussão a prisão do atual Vice-Presidente da CBF José Maria Marin. Ele já foi presidente da CBF, Governador de São Paulo e Presidente do Comitê Local da Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil. Sucedeu a Ricardo Teixeira na CBF, que ficou 23 anos em seu comando. Hoje, a CBF está sob o comando de Marco Polo Del Nero, que voltou imediatamente ao Brasil.
No Brasil, dirigentes de federações esportivas, notadamente às do futebol, gostam de perpetuar-se no Poder. Marin, no início de 2014, foi notícia por ter suprimido (colocado no bolso), uma medalha que deveria ser dada aos jogadores do Corinthians, campeões da taça São Paulo de Juniores. O Poder fascina e o gosto por ele vem fácil, principalmente para os que exercem cargos eletivos. Isso se aplica ao Público e ao desportivo, como é o caso do futebol.
A FIFA é uma entidade altamente politica, tendo Josefh Blatter como Presidente desde 1998. Digo política porque Blatter, desde que foi alçado ao Poder, veio sistematicamente ampliando o número de países participantes na Copa do Mundo. Busca, nesta sexta-feira, seu quinto mandato, concorrendo contra um Príncipe Jordaniano.
A corrupção, que vem campeando nas diversas esferas da política brasileira, está muito presente no futebol brasileiro. O atual deputado e ex-jogador Romário tem denunciado, sistematicamente, que existe muita corrupção na CBF. A Copa do Mundo, em que vergonhosamente levamos um chocolate de 7 a 1 da Alemanha, foi um notório exemplo de desperdício de dinheiro público. Agora, em razão da prisão de Marin, uma CPI está sendo criada no Congresso Nacional - a CPI do Futebol Brasileiro. Lembro que, para que novas CPIs sejam instaladas, há a necessidade de conclusão de algumas em andamento. A do BNDES está na fila para entrar na pauta. Mas isso somente pode acontecer de houver conclusão de duas das 5 já instaladas, assim é a norma.
Nós, brasileiros, esperamos que o futebol brasileiro, a exemplo da Petrobrás, também seja passado a limpo.
Euclides Riquetti
27-05-2015
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