quarta-feira, 8 de julho de 2015

A Grave Crise na Grécia

          O mundo acompanha, mais curioso que atento, os problemas da Grécia com relação à União Europeia e à Zona do Euro. A Grécia está quebrada, seus bancos estão endividados. O País deve "um pib e meio", Ou seja, 150% do que movimenta no ano. É uma dívida astronômica, coisa difícil de se dimensionar e entender para quem não acompanha assuntos de Economia.

          Por sua vez, o Banco Central Europeu, que tem alimentado com euros os bancos gregos, diante da reiterada situação de inadimplência destes, sempre forneceu dinheiro a juros cada vez mais altos. A dificuldade grega vem crescendo faz tempo e se agravou com a chegada de Aléxis Tsipras ao cargo de  Primeiro Ministro. Este, propôs um plebiscito, realizado no último domingo, para ver se os gregos concordavam ou não com as propostas da União Europeia de controlar seus gastos, inclusive reduzindo os valores das aposentadorias.

          A Grécia é conhecida por sua história, seus filósofos, o domínio das ciências humanas. Mas, diferentemente de países como a China, a Índia e o Japão, considero que ficaram no ufanismo de sua história e não buscaram alternativas de desenvolvimento tecnológico. Gastaram mais do que deveriam e podiam e agora estão endividados.

          Não acredito que sejam excluídos da Zona do Euro, como mostram as ameaças, e tenham moeda própria. Como dizem os líderes do Eurogrupo, se a Grécia ficar de fora, todos perdem. E o caso de você, leitor, leitora, ter um vizinho que lhe deve. Se você o ajudar a se reorganizar e ganhar dinheiro, pode ser que ele lhe pague. Se o abandonar, ele fica quebrado e você não recebe mais.

          Os gregos estão vivendo sob a égide do populismo recente. Você já viu países em que os governantes são populistas terem desenvolvimento firme e sustentado? Aparentemente e inicialmente, vivem bem, mas depois a coisa piora e a população passa a ter maiores sacrifícios e a miséria aumenta em seus domínios.

           Como brasileiro, torço para que eles entrem num acordo e dividam os sacrifícios. E que o Brasil se espelhe nas crises dos outros e que tenha suas ações politicas pautadas no planejamento para o longo prazo. Sem nos esquecermos  de que sempre que temos facilidades, elas são seguidas de dificuldades. Sem os milagres dos últimos anos, que agora nos levam aos sacrifícios e à austeridade fiscal, que teriam sido evitados se tivéssemos tido uma condução equilibrada de nossa Economia e os gastos moderados do governo. Vale a recomendação do saudoso do saudoso Ex-prefeito de Ouro, Ivo Luiz Bazzo, meu padrinho político, que nos ensinava: "Fazer o que se pode com o que se tem"!

Euclides Riquetti
08-07-2015

Um comentário:

  1. É o mercado, estúpido, que a todos atropela...
    A Grécia e seu povo são vítimas desses abutres.

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