segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Bons exemplos: Blumenau, Treze Tílias, Piratuba, Chapecoense, Havan...





Loja da Havan inaugurada em Joaçaba - SC, EM 02-12-2017
200 empregos diretos e 7.000 m2 de área construída.


       Estamos terminando mais um ano em nosso calendário civil. E, como acontece quando se espera por outro, passa-se a imaginar o que se quer para o período seguinte. Alguns estabelecem metas, outros imaginam-se pagando as contas velhas e fazendo novas, programando viagens, lazer, estudos, negócios, e assim por diante. E há aqueles que gostariam de ter, ao menos, a oportunidade de um emprego com carteira assinada. Que, aliás, embora a propaganda governista tente ensejar otimismo, a realidade é um pouco diferente. As ocupações têm sido informais, cada um está se virando como pode.
      O ano que se finda foi o em que foquei meu pensamento na cultura e no turismo. E lembrei-me do que dizia o Governador Raimundo Colombo em seu primeiro mandato, sobre eventos: “Evento é... vento!” – Concordo com ele em gênero, número e caso. Isso porque ouço as notícias sobre as viradas de ano em Santa Catarina. Com o dinheiro encurtado, quem quer ganhar o dinheiro dos turistas ou simplesmente divertir sua população, tem que ter a coragem de fazer as coisas acontecerem com criatividade e transparência. Então, seleciono a cidade de Blumenau como um bom exemplo: Não vai faltar dinheiro para a festa da virada, porque a Oktoberfest apresentou um lucro de pouco mais de 4 milhões de reais. E o dinheiro sobrado é utilizado para a promoção de todos os outros eventos da cidade durante o ano. Um bom exemplo para nós, que temos um carnaval bem organizado e bem promovido, mas que, em todos os anos, se corre atrás de dinheiro para que aconteça.
       Tenho minha opinião: o carnaval é necessário para Joaçaba, pois a cidade ficaria morta no período entre o Natal e a Páscoa se não houvesse algo que motivasse as pessoas a virem para nossa cidade ou mesmo as nativas aqui permanecerem.  Nem faço as contas do lucro, mas da perda de auto-estima que geraria a sua falta.  E também imagino que a redução do custo da promoção passa pela construção de um sambódromo fora da área central, sem causar transtornos à população, com aproveitamento da estrutura durante o ano todo como atração turística e, quem sabe, a sonhada “escola única”.
       Treze Tílias e Piratuba são cidades que têm know-how em promoção de festas. Atraem grande público para seus domínios e lucram muito com o turismo. Cultura forte, bem definida e bem explorada, lideranças engajadas, menos opinião em redes sociais e falação, mais ação e resultado.
       O acontecimento do ano, em nosso Oeste, foi a volta por cima da Chapecoense, que perdeu seu elenco e dirigentes naquele desastre aéreo, na Colômbia, em 29 de novembro do ano passado. Engajamento das lideranças, replanejamento, recomposição do elenco e, agora, classificada para a disputa da Libertadores da América, taça este ano conquistada, com muito mérito, pelo Grêmio.
       A construção da mega loja da Havan, em Joaçaba, em tempo recorde, pode ser analisada da mesma forma como a Chape se recuperou. A determinação do empresário Luciano Hang, com capital disponível, bom projeto e boa gestão, deixou a opinião pública embasbacada e perguntando: “Por que no serviço público as coisas não andam assim?”  - E eu faço a mesma pergunta e eu mesmo respondo: Porque no serviço público tudo é engessado e o empenho das pessoas não é proporcional ao salário que  recebem para servir à população. E há a ideia de que a população é que deve servir e não a de que ela é que deve ser servida... A existência da população é que justifica a de se ter o serviço público. Pensemos seriamente nisso!
Euclides Riquetti – escritor – membro da ALB/SC

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Amigos, peço-lhes a gentileza de assinar os comentários que fazem. Isso me permite saber a quem dirigir as respostas, ok? Obrigado!