domingo, 6 de janeiro de 2019

Na cadência das ondas do mar

Diogo Sponchiato




Sonhei que flutuavas
Na cadência de um ninar
E enquanto repousavas
Num barco a derivar
Meu olhos te buscavam
Cansados de chorar.

Sonhei que, no  flutuar
Do teu belo rosto lívido
Naquele barco,  no mar
Onde o vento sopra rígido
Só me restaria  cultuar
Os teus jeitos  tímidos. 

Sonhei que me esperavas
Banhando-se com o luar
E que as estrelas que contavas
E que estavam a te cintilar
Eram palavras cantadas
Dos versos singelos de amar:

Versos meus que são teus
Que compus pra te louvar!

Euclides Riquetti

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