quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Visita à Escola Major, em Zortéa

     
Resultado de imagem para imagens escola major cipriano rodrigues de almeida

Visualização da imagem



       Na terça, 19, estive visitando a cidade de Zortéa, da qual levo das melhores lembranças de minha vida, em especial por ali ter vivido de 1977 ao início de 1980, quando atuei como professor e ainda funcionário da empresa Zortéa Brancher S/A - Compensados e Esquadrias, a maior empresa da região à época, com pouco mais de 500 empregados. Ali tivemos o nascimento de nossas filha Michele e Caroline, gêmeas. E nos iniciamos no magistério público catarinense, eu com 24 anos e a Miriam no verdor de seus 18.

       Na chegada, às 7 horas, revi o local da antiga fábrica, da qual restam apenas algumas paredes da parte em que era fabricado o compensado, onde  eram produzidos mais de 1.000 cúbicos do produto por mês, além de 800 portas em compensado, diariamente,  em dimensões diversas. O local onde funcionava o escritório agora comporta uma instituição;  a antiga fábrica de esquadrias foi demolida; e onde era a serraria, uma ampla creche; e onde havia o depósito de madeiras empilhadas, um loteamento com residências de bom padrão arquitetônico. Da fábrica, e de todo o seu entorno,  sentimentos saudosistas me invadiram.

       A antiga garagem foi transformada no Paço Municipal, onde funciona a prefeitura, as secretarias e diversos outros departamentos. O local foi muito bem adequado e utilizado. Onde se situava o pátio da garagem, uma pracinha, simples, mas onde relembrei de muitos momentos marcantes dos tempos em que ali residi. E, ainda, mais remotamente, por ser o local onde se situava o antigo campo de futebol, em que joguei e fiz um gol, contra o juvenil do Grêmio Esportivo Lírio, em 1969, aos meus 16 anos, na trave que se localizava onde hoje se situa o prédio da Prefeitura. Ali, reencontrei o Raul Vilarino Lira, que foi meu aluno na Escola Básica Major Cipriano Rodrigues, em 1977, e com quem mantenho grande amizade. Ele me contou que o Leonildo Andrade de Souza, conhecido como "Baxo", está de volta à cidade, depois de ter ficado mais de 30 anos fora.

       Visitei o Leonildo, ele demorou para me reconhecer. Convidei-o para que fosse ver minha palestra aos alunos da Escola Major e ele aceitou o convite. Na ocasião, solicitei e ele me atendeu, falando por cerca de 5 minutos com os alunos, contado parte  da história de sua vivência naquela cidade.

       Na escola, fui recebido pela Rúbia Magrinelli e por outros funcionários. Tive a alegria de rever meu colega professor Márcio de Mattos, a Lúcia Callai Menegaz, a Beloni da Luz a Aracely Viel, e outras professoras,  gentis com quem tomei chimarrão. Fui conversando com os alunos do Ensino Médio, que ali iam chegando, fiz brincadeiras e provocações sobre futebol. E fui matando as saudades do ambiente, com minha mente voltando ao passado, lembrando do prédio que foi destruído na década de 1980 por um vendaval, das palmeiras plantadas dentro de tubos de concreto retirados do riacho que cortava a vila nos tempos antigos e foram substituídos por uma ponte. Fiz questão de visitar a biblioteca, onde passei muitas horas oferecendo a oportunidade de leitura aos meus alunos.

       Participaram da palestra cinco dezenas de pessoas entre professores, gestores e alunos, atenciosos e interessados. Falei-lhes  da importância que aquele educandário teve na formação de diversas pessoas que passaram pelos seus bancos, como o atual prefeito Alcides Mantovani, o Gerson Mantovani e outros.

       Deixo um carinhoso abraço em todos os que me receberam com o carinho que lhes é peculiar e isso me motiva a voltar a aquela escola e cidade onde morei há quatro décadas.

Euclides Riquetti
27-11-2019

     



     

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Amigos, peço-lhes a gentileza de assinar os comentários que fazem. Isso me permite saber a quem dirigir as respostas, ok? Obrigado!