A pavimentação
da Rodovia Ouro/Jaborá, a SC- 467, foi retomada em novembro do ano passado com
um prazo de 12 meses para sua execução
pela empresa Planaterra S/A. Na oportunidade, o Governador Carlos Moisés, seu
staff e autoridades regionais foram recebidos pelo prefeito Neri Luiz
Miqueloto, no Centro de Eventos de Nossa Senhora do Caravággio, quando foi
emitida a Ordem de Serviço. Em seis meses de trabalho a pavimentação foi concluída, restando apenas colocarem a
sinalização de segurança em parte do trecho. Um sonho de 40 anos, do qual
tivemos a honra de fazer parte, foi realizado. Anteriormente, o contorno viário
de Ouro e Capinzal foi implantado, construído e inaugurado.
Ambas as obras
são de relevante importância para o Grande Oeste de Santa Catarina e a
participação de alguns entes possibilitou que acontecessem, principalmente do
ex-Governador Raimundo Colombo, que autorizou a obra em seu primeiro mandato,
mas que a falta de capacidade financeira de duas empresas ocasionou
paralisações. Uma das pessoas que mais apoiou a construção da rodovia, e do
contorno viário de Ouro e Capinzal, foi o Engenheiro Euclides Albuquerque, que
ajudou na escolha do traçado do contorno, e cujo martelo foi batido nas dependências da Unoesc, em Capinzal,
quando estivemos lá para a decisão, há mais de uma década, juntamente com os prefeitos Neri Miqueloto, de
Ouro, Leonir Boaretto, de Capinzal, e seu Secretário de Administração Edson
Cassiano. Durante a pavimentação da
rodovia, várias reivindicações foram apresentadas pelos proprietários
lindeiros, sendo que o Engenheiro Euclides foi fundamental na interlocução e na
tomada das decisões, segundo me relatou o vereador César Prando, morador na
margem da rodovia, e que foi um dos principais elos de ligação entre os
agricultores e o Engenheiro.
Por outro lado,
por pessoas com quem mantenho contato, e mesmo por usuários das redes sociais,
vejo que há uma grande decepção em relação ao possível contorno viário de
Joaçaba, Herval D´Oeste e Luzerna. Duvidam até de que as melhorias dos acessos
das três cidades, que foram convencionadas e compromissadas pelo Governo do
Estado, venham a acontecer, por causa da crise instalada no Governo de dúvidas quanto à lisura nas aquisições de bens e contratações da Secretaria da Saúde
de nosso Estado, com dispensa de licitação.
Agora, com a
proximidade do período pré-eleitoral, as conversas proliferam entre as pessoas, quer por internet ou por
telefone. Há um consenso que de Joaçaba agiu bem na condução dos problemas
relacionados aos casos do coronavírus, que houve muitas melhorias nas estradas
rurais e nas pistas das ruas centrais, no asfaltamento de ruas em bairros, com
o serviço bem feito, e na implantação de esgotos sanitários através do Simae .
Por outro lado, citam que não houve avanços no apoio à agricultura, que a
rodoviária velha continua velha e sem adequado uso, que há muitos bens
inservíveis que já deveriam ter sido vendidos e não foram, , que não se definiu
nem se projetou um contorno viário, que o IPTU é caro, mesmo a administração
não tendo cobrado o que fora aprovado na Administração e Legislatura anterior,
que algumas ações na área da Educação que foram bandeiras de campanha não
aconteceram. Também, que o combatido
inchaço na Prefeitura não foi desinchado, que a maioria das calçadas estão
ruins e as rampinhas de mobilidade são inadequadas ou inexistem, que o Ginásio
do Santa Tereza virou um lesmão, e que o Plano Diretor não teve sua conclusão, que algumas ruas seriam asfaltadas quando
recebessem a rede de esgotos, mas isso não vai acontecer, que a revitalização
da praça da Catedral está demorando a se iniciar, que se falou bastante nas melhorias do
aeroporto e estão demorando a acontecer, não se criou um Distrito Industrial,
perderam-se empresas para outros municípios, e assim por diante. Ainda, a inovação ficou mais no discurso do que na
prática, e em Joaçaba as espoletas demoram muito para estourarem. Tudo isso vai
facilitar, em muito, o discurso da oposição nas eleições em nível municipal.
Uma pena que
assim seja, pois a escolha de um prefeito não político, era a esperança dos
eleitores joaçabenses para verem alguns sonhos realizados. Há uma distância
sempre muito grande entre as expectativas geradas e as satisfeitas. Uma hora
dessas a pandemia terá seus efeitos minorados e o assunto eleições municipais
volta a ser o tema a ser discutido largamente e noticiado. Meu professor
Geraldo Feltrin, na Faculdade, em União da Vitória (PR), nos falava o ditado:
“Never put off until tomorrow all what you can do today”, ou simplesmente: Não
deixa para amanhã o que você pode fazer hoje. O tempo, num mandato de 4 anos,
passa muito depressa!
Euclides Riquetti – Escritor
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