sexta-feira, 29 de maio de 2020

O levante do luar dourado

 


 
 

 

 
Levanta-se, no fim da tarde,  no eldorado
O luar dourado que resplandece
E, ao levitar sobre o mar,  extensamente ondulado
De um  prateado fulguroso se reveste
Para abençoar o horizonte santificado. 

Levanta-se, com a cor do ouro casto e polido
O luar fogoso a redesenhar o agreste
E, ao escalar as nuvens, no acorde sustenido
Energiza  os coqueirais perfilados do nordeste
No quadro fantástico pela  natureza esculpido.

E os sonhos  dos amantes e dos enamorados 
Juntam-se no vagar das ondas da imaginação
Enquanto os ideais já quistos e projetados
Juntam-se no eternizar do  poema e da canção
No concerto dos ventos gentis ali soprados. 


Euclides Riquetti

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