segunda-feira, 2 de novembro de 2020

O afastamento de Carlos Moisés

 


Governador afastado Carlos Moisés - Governadora Interina Daniela Reinehr


      O Processo de impedimento legal contra o Governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, foi aprovado pelo Tribunal Especial que foi instalado com o fim de apurar a culpabilidade do Governado em razão de ter equiparado os vencimentos dos Procuradores do Estado com o dos Procuradores da Assembleia Legislativa - ALESC. A sessão terminou à 1,30 h da madrugada do sábado, 24 de outubro. Moisés foi eleito em 2018, em segundo turno de votação, com 70% dos votos dos catarinenses.

       Houve 6 votos favoráveis ao afastamento, sendo de 5 deputados e de um juiz. A vice -Governadora, Daniela Reinehr, foi absolvida por um deputado e 4 juízes. Assim, coube ao Presidente do Tribunal de Justiça dar o voto de Minerva para a absolvição de Daniela, que assumiu o cargo de Governadora Interina na terça, 27. Na terça, já estava escolhido o novo tribunal que vai julgar o segundo processo de impedimento de Moisés.

       Agora, se Moisés for  condenado pelo plenário da ALESC ainda neste ano, haverá nova eleição para Governador. Se for no curso de 2021, a eleição do seu sucessor será de forma indireta quando um deputado estadual deverá ser eleito.

       Porém, aguardam-se outros desdobramentos, pois que o Governador afastado, certamente, buscará recursos que lhe possam recolocá-lo no cargo, uma vez que a Polícia Federal apurou a inocência dele no processo aquisitivo dos equipamentos.

       Esse segundo julgamento está em pauta, desta vez com denúncia apenas ao Governador, não incluindo a Vice Daniela Reinehr, em que Carlos Moisés é acusado de malversação do dinheiro público em razão da compra, com valores muito altos, de 200 respiradores para equipar UTIs, pagando adiantado por eles. Nem todos foram entregues e ainda não servem para a finalidade para a qual foram comprados.

       Mas uma constatação decepcionante eu tive nesta semana, ao pesquisar sobre os beneficiados pelo Auxílio Emergencial. Fora do serviço público, na atividade privada, muitos “honoráveis” cidadãos se inscreveram para receber a ajuda do Governo Federal através da Caixa. Poucos devolveram o dinheiro recebido indevidamente. Pessoas bem aposentadas e com considerável patrimônio já amealhado, pessoas cuja atividade comercial ou laboral não teve mais do que uma ou duas semanas de interrupção, pegando dinheiro. E isso me fez lembrar de que, muitas vezes, na ocorrência de eventos climáticos adversos, com a ocorrência de estiagens prolongadas, enchentes, alagamentos, vendavais, tornados ou chuvas de granizo, pessoas oportunistas e aproveitadoras buscam  auxílios dos municípios e Estado através da Defesa Civil, cobrindo as despesas com recuperação e ainda sobrando-lhes materiais ou insumos angariados. E tal prática acaba prejudicando aqueles que realmente perdem quando têm seus bens destruídos e que, honestamente, tentam recompor-se do que perderam.

       Bom exemplo aqui na Cidade Alta, em Joaçaba, é o trabalho de implantação de calçadas que a CELSEC está realizando nas bordas dos terrenos do seu almoxarifado. Serviço excelentemente executado pelos pedreiros de uma empreiteira, adequação do traço da argamassa e ferragem bem tramada e em bitola ideal para suportar o peso dos caminhões nos rebaixes para as entradas aos depósitos. Pouquíssimas vezes vi um trabalho tão bem feito em minha vida. Parabéns aos executores e à contratante dos serviços.

       Encontrei o Julinho do PROCON de Joaçaba, o Júlio César Souza,  no sábado passado na saída de um supermercado. Falei-lhe da importância de seu trabalho em favor da sociedade, de sua capacidade de resolução de problemas e da forma muito didática com que se comunica com a população em suas entrevistas em rádio. Linguagem simples, inteligível, fácil de se entender. Também lhe relatei que tenho admiração pela forma que se comunica a Senhora Eugênia Bucco, em Herval d´Oeste, quando informa sobre assuntos da saúde. Nem sequer a conheço, mas tenho uma boa impressão sobre ela.  Ambos têm ótimo nível de comunicação. Enquanto muitos enfeitam a linguagem achando que estão “na moda”, continuam maltratando a língua mater. É assim que precisa ser! Parabéns a ambos!

       As empreiteiras que prestam serviços à Prefeitura de Joaçaba devem ter muito cuidado com a sinalização que usam para indicar a execução de obras. E o pessoal que tem a responsabilidade de acompanhar ou fiscalizar precisa ter muita atenção a isso. Na descida do Joviva para o Menino Deus, a colocação inadequada das placas tem sido um problema para que utiliza aquela via. Presenciei uma fato lá na terça pela manhã, quando a placa que indicava a proibição de passagem pelo local da obra estava fora do centro da via. E os carros que acessaram o local tiveram problemas para retornar devido ao aclive acentuado. Dá para cuidar um pouco m ais disso, não dá?¹

       Mais duas semanas e vamos saber quem dirigirá os municípios brasileiros.

Euclides Riquetti – Escritor 

Jornal Cidadela - Joaçaba - SC

30-10-2020

 


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