domingo, 16 de maio de 2021

Prefeito da maior cidade do Brasíl, São Paulo, Bruno Covas morre e deixa legado de bons exemplos.



       Bruno Covas, nome completo Bruno Covas Lopes, nasceu em 07 de abril de 1980. Sete de abril é o Dia Mundial da Saúde. A situação de sua saúde se complicou neste início de maio e ele teve que ser internado por conta do agravamento de seu quadro clínico. Bruno Covas foi um jovem político que teve uma carreira meteórica. 

       Covas é advogado e economista, além de notável político brasileiro. Herdou o espólio eleitoral de seu avô Mário Covas, de saudosa memória. Formado em Direito pela Universidade de São Paulo e em Economia pela Universidade Católica de São Paulo. 

       Bruno Covas foi deputado estadual, secretário estadual do Meio Ambiente e deputado federal, tudo pelo estado de São Paulo.Eleito Vice-prefeito da cidade de São Paulo em 2016, assumiu a prefeitura em 06 de abril de 2018, sendo reeleito em 2020. Ser prefeito da maior cidade da América do Sul é um grande desafio e ele conseguiu com uma vitória consagradora no ano passado. Doente, por algumas vezes teve que entregar o cargo para seu vice. Mas, sempre que tinha uma melhora razoável, voltava ao seu trabalho. Muito equilibrado, nunca foi de bravatas. A serenidade sempre foi uma constante em sua pessoa e deixava transparecer isso sempre. 

       Em outubro de 2019 ele foi diagnosticado com câncer, localizado numa região entre  o esôfago e o estômago. Atendido pelo Hospital Sírio-Libanês, submeteu-se a vários tratamentos. O quadro evoluiu para metástase nos ossos e no fígado. Faleceu às 8,h 20 deste domingo, 16-05-2021. Deixou um filho, Tomás, de 15 anos.


De suas muitas frases sábias e posições políticas e pessoais, selecionei esta para vocês:


"Nós vivemos uma crise social, semearam uma divisão no país, entre brancos e negros, entre sul e norte, entre elite e povo, entre héteros e homossexuais, entre homens e mulheres, entre católicos e evangélicos, entre opressores e oprimidos. Ao semearem a divisão para se perpetuar, estamos hoje colhendo raiva e intolerância. Além da crise política, crise econômica, crise social, temos a crise moral. Aí sobram exemplos negativos e faltam bons exemplos a serem seguidos”.

Euclides Riquetti


Um comentário:

  1. Realmente é lamentável a morte de Bruno Covas: moço, (41 anos), bem formado, boa cabeça. Morre um pouco com ele o velho PSDB fundado por Mário Covas, seu avô, na companhia de FHC grande neoliberal desde seus primeiros momentos, um dos maiores cúmplices do bolsonarismo.
    A crise social mo Brasil sempre esteve presente, desde que os portugueses transformaram essa terra num grande negócio, para poucos, é claro.
    Essa crise, é preciso dizer, está impregnada no nosso DNA por vários motivos:
    - o genocídio indígena
    , os quase 400 anos de escravidão (introdução de mais de 4 milhões de africanos).
    . falta de políticas de inclusão social (reforma agrária, escola, .., Não podemos esquecer que em 1888 os negros ganharam sua "liberdade" e o olho da rua. Queriam chegar aonde como Nação?
    . Então o ódio sempre existiu de forma subjacente numa sociedade sempre dividida. A divisão não é de agora, as elites do dinheiro sempre dividiram para se perpetuar. Eles não aguentavam mais esse luxo dos governos petistas (Lula-Dilma) que resolveram fazer alguma inclusão Treze anos, para essa gente, foi uma eternidade, eles não estavam acostumados com isso (negro, e pobre na universidade, pobres e negros viajando de avião), isso jamais tinha acontecido aqui. O mundo real era o dos brancos ricos, como disse Raymundo Faoro: "Eles querem um país para 20 milhões de habitantes e uma democracia sem povo", essa é a grande verdade,
    Quem potencializou esse ódio foi essa gente, principalmente, através da mídia hegemônica e das redes sociais.
    .demonizaram a política principalmente o PT e seus principais nomes (Lula, Genoino, Zé Dirceu, Dilma...) Qual era o principal objetivo? Era devolver o Brasil aos seu colonizadores de origem, essa turma a que Faoro faz referência.
    Então não adianta dizer: "semearam o ódio", é preciso dizer por quê.
    Eu veja assim.

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