segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

Um girassol em meio à multidão

 


 





       Depois de seis meses praticamente confinado, fui conhecer minha neta em Curitiba e rever meus filhos, pois estava com muitas saudades. Em minhas viagens, meu pensamento fervilha, sou assim mesmo, minha mente é ativa e estou sempre observando coisas, fazendo minhas análises, tirando minhas conclusões. E tenho ouvido e lido sobre a abertura de vagas no Paraná e Santa Catarina agora que a pandemia parece estar na curva decrescente. Mas, o que me dá razão para acreditar que vamos experimentar uma boa recuperação de nossa economia ainda neste ano, com razoável crescimento já em 2021, não é o que me dizem, mas sim aquilo que eu mesmo constato. Vejo cenários, converso com pessoas...

       Muitos caminhões rodando nas estradas aqui do Sul do Brasil. A queda dos preços do petróleo no Mercado Internacional, anularam os efeitos da alta do dólar sobre os preços dos combustíveis. O Brasil está consumindo, o mundo está consumindo. O Brasil está produzindo, as empresas já estão precisando de repor funcionários nas vagas que voltam por terem efetuado a dispensa de pessoas de seus quadros com a chegada da pandemia. Empresários mais bem alicerçados em seus negócios, seguraram funcionários, sabiam que um dia isso tudo passaria e estão faturando bem. Em Santa Catarina, especialmente, o setor agropecuário, consequentemente a produção de alimentos, a construção civil e a de manufaturas nos deram fôlego para respirar nos momentos mais difíceis. Agora, todos os setores esperam crescer. Precisamos que assim seja.

       O turismo, uma das forças de nossos serviços, foi o setor que mais amargou prejuízos. Porém, estimo que agora, com a chegada da Primavera e ainda a redução das restrições e normatização do modo de convívio, com o estabelecimento de protocolos construídos pelas autoridades sanitárias e os interessados, os empresários, poderemos ter a atividade se recuperando, pois as pessoas estão ansiosas para sair de casa e voltar a viver a vida. E, por falar em turismo, em minha viagem, mais uma vez pude constatar o quanto de propaganda enganosa já tivemos aqui em Santa Catarina, principalmente nos últimos 20 anos. Muito dinheiro se consumiu em reuniões, em produção de material de divulgação, muita falação e enrolação e pouca evolução verificada.

       A propalada região do Vale do Contestado, de relevância histórica incontestável, no Vale do Rio do Peixe, pouca evolução teve. Fiquemos nas cidades de Treze Tílias e Piratuba , onde o Poder Público e a iniciativa privada trabalham articulados, que são a salvação de nossa lavoura. Mesmo com as dificuldades em contarem com rodovias estaduais adequadas, têm a força de sua expressão cultural e o capricho na conservação dos bens públicos e privados e o carinhoso cuidado com a natureza como aliados. O Alto Vale do Rio do Peixe é o perfeito lugar para os turistas se perderem por falta placas indicativas nas rodovias. E, dali até a BR 116, andar pela maioria das estradas é uma verdadeira aventura. Dizer que as cidades não são tão encantadoras é eufemismo. Elogios a Rio das Antas, uma cidade florida e acolhedora!

      Tenho me referido, aqui, sobre candidaturas a prefeito, vice, e vereador em nossas cidades. Não faltarão opções aos eleitores. Cada vez mais politizado, o eleitor torna-se mais exigente. Um prefeito precisa ser um girassol em meio à multidão. Precisa olhar por todos os lados, em todas as direções. Não pode ser o líder de uma categoria, mas de todos os que habitam o território de seu município. Precisa estar sintonizado com toda a população, em todas as horas, e não somente em época de eleições. Então, vai uma pergunta a cada candidato: “Você tem certeza de que você e o eleitor orbitam no mesmo universo? Conhece os problemas reais das pessoas? Tem condições de satisfazer as múltiplas expectativas da população? Tem ideias e planos claros sobre o que vai oferecer ao eleitor? Tem alguma aptidão ou capacidade de se enquadrar numa razoável organização e método? Consegue, em sua vida pessoal, ser bem sucedido em seus intentos?”

         Administrar uma prefeitura é bem mais fácil do que administrar uma empresa, pois todos os meses aporta dinheiro aos seus cofres. Só que na sua empresa você faz o que você quer e na Prefeitura você faz aquilo que a Lei permite. Então, além de ser bom gestor, tem que ter boa capacidade de articulação política. Veja o que está acontecendo com nosso Governador e “tire uma pranta”!

Euclides Riquetti -  Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com

 

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