quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

Hugo Cristóvan Bazzo: O Capitão do Arabutã - homenagem - reedição

 


Dona Dires (esposa), Milton, Ica (Luciane) e Huguinho (filhos de Hugo) 

          Imagine um torcedor doente, mas doente mesmo! Nenhuma enfermidade, apenas o fanatismo pelo time de futebol. Não é assim mesmo? As pessoas não brigam pelo seu time preferido? Fazem coisas, né?!

          Pois hoje vou falar do Hugo Bazzo, que estava prestes a completar 84 anos, mas que faleceu hoje pela manhã.  Foi o titular da camisa de número 3 do Arabutã nas décadas de 1950 a 1970,  em Capinzal e Ouro. Quanto "bico" no campo de futebol localizado no centro da cidade, onde hoje se situa a Praça Pedro Lélis da Rocha! Hugo Cristóvan Bazzo, muito conhecido como Tio Hugo, filho da Dona Lúcia, era alto e muito determinado em campo. Cortava os corners de cabeça, afastando a bola da área. Eventualmente, ia cabecear na área adversária, mas ele era mesmo um forte defensor. Batia os tiros de meta "de bico", era uma de suas características de que lembro bem.

          A camisa do Arabutã, que ele defendeu por quase duas décadas, alvi-rubra, foi muito honrada por ele. Além de atleta, era ardoroso torcedor do nosso Arabutã Futebol Clube. Atuou nos 3 a 1 que o time aplicou no meu Vasco, de Capinzal, possivelmente em 1967, um jogo memorável em que, no campo, tudo correu normalmente, mas na galera duas professoras minhas, do Ginásio Normal Juçá Barbosa Callado de defrontaram... Depois disso, apenas algumas atuações na Baixada Rubra e muitas partidas de futsal pelo "Snakes", do Ouro, aquele do uniforme preto e amarelo, e na CME daquela cidade, quando inauguraram o Abobrão.

          A Família Bazzo, naquele tempo, tinha um campinho atrás do casarão do Sr. Ivo e da Dona Iracema, na verdade a casa da Dona Lúcia, a matriarca. Jogavam ali muitas pessoas, de todas as idades. A grande maioria, além de torcerem pelo Arabutã, torciam pelo CR do Flamengo, do rio de Janeiro. Nem dava para discutir com eles... Pois bem! Falei em fanatismo de torcedor e isso estava na alma do Hugo. Senão vejamos:

          No final da década de 1970  o Hugo construiu sua casa, na Rua Júlio de Castilhos, ao lado esquerdo da rua, na subida para a Escola Prefeito Sílvio Santos. Na mesma época, construí a minha, na Felip Schmidt. Copiei uma ideia dele: Fazer a aba da casa com madeira de costaneiras retiradas de roletes de madeira que sobravam na laminação para a fabricação de com pensados. Era só requadrar a parte mais fina para que ficasse consistente. Achei interessante e econômico o jeito de fazer o serviço...

         Pouco tempo depois ele pintou a casa dele de uma cor parecida com o ocre, que estava na moda. E, pasmem, pintou, intercaladamente, cada uma das tabuinhas de vermelho e preto, as corres de seu Flamengo. E eu, vascaíno, passava por lá todos os dias para ir dar minhas aulas e tinha que aguentar aquilo...
            Hugo deixa a esposa Dires Maestri Bazzo, os filhos Huguinho, Milton e Ica e os seus familiares. E muitas boas lembranças. Minhas condolências aos familiares e amigos!

Fique com Deus!

Euclides Riquetti
30-06-2015

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