terça-feira, 14 de maio de 2013

A Inclusão das Crianças com Limitações e sua Avaliação




A Avaliação no Processo de Inclusão

          Já me referi, na publicação "As Apaes e a Inclusão", sobre o importante papel  destas no apoiamento às pessoas portadoras de necessidades especiais. E mencionei sobre a importância da escola de ensino regular dar o atendimento que elas precisam, bem como as obrigações do Poder Público e os deveres da sociedade para com esses seres inteligentes e iluminados. E uma das questões que precisa de um tratamento diferenciado, justamente no ensino regular, é a da avaliação.
          A criança especial que está freqüentando essa escola  e que é portadora de alguma deficiência que a limita de ter um desempenho mental igual às demais, precisa, certamente, ter uma maneira  especial  de ser avaliada. E mesmo as que têm limitações físicas que lhe causam desconforto físico e psicológico.  Por isso, alguns fatores precisam ser observados cuidadosamente. Primeiro, é preciso que o avaliador tenha conhecimento das condições de cada criança, saber do que elas são capazes, o que conseguem realizar. Naturalmente que sua avaliação não pode ser objetiva e ela não pode ser medida com números, até porque sua sensibilidade  e sua maneira de ver o mundo também é diferente e isso precisa ser respeitado.

          As qualidades, inúmeras, que ela tem em si, já são  um ponto altamente positivo a ser considerado. Ela age com amor, carinho e  espera retribuição, imaginando que os outros seres sejam iguais a ela, pensem como ela. Sua avaliação também precisa ser muito dinâmica, pois o dinamismo, a mudança de comportamentos e de atitudes é uma constante nela. A criança inclui, involuntariamente, isso já é de sua maneira de ser. As avaliações convencionais na educação e a sociedade, em si, costumam excluir, retirar. Nossa criança especial precisa receber,  ter sua capacidade de incluir valorizada e retribuída, enquanto que as avaliações convencionais marginalizam e excluem.  

          Podemos, no entanto, dizer que os professores, de uma forma geral, evoluíram muito nesse sentido, estando  melhor preparados para fazer a avaliação da melhor maneira, contemplando a criança diferente. Bem melhor que há poucos anos, quando havia dificuldade em se assimilar modalidades  que não fossem as de conceder notas e de querer que todos, num mesmo ambiente de aprendizagem, no caso a sala de aula, tivessem seu desempenho medido quantitativamente, com números, considerando apenas erros e acertos.

          Para os pais e para as próprias crianças, ir à escola e enturmar-se com os demais alunos, interagindo e fazendo novas amizades, já é uma realização. Para o aluno, sentindo-se amado também por pessoas que não sejam apenas as de sua própria família é muito positivo e animador.  E com isso a recuperação da autoestima, fator determinante para a felicidade desses seres, que são normais dentro de suas limitações, muito mais do que alguns que não têm nenhum problema e se portam inconvenientemente. A grande evolução e partilha de conhecimentos relativamente ao assunto é resultado de muito estudo, observação, análise e de boa vontade dos entes do contexto. Mas nunca nos esqueçamos que o trabalho e o carinho oferecido nas APAEs é fundamental para crianças, jovens e adultos, pois as equipes que as compõem realizam ações que exigem, além da atuação profissional, aquela dedicação que só as apaeanas (os) oferecem.

          Portanto, parabéns a vocês, pais, que querem o melhor para seu amado filho. Parabéns a você, professor (a), que sabe compreender e apoiar esses pais e seus filhos. Parabéns apaeanas (os). Parabéns a você, criança, que tem o amor dos pais e o carinho dos professores!
         

Euclides Riquetti
14-05-2013

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