sábado, 25 de janeiro de 2014

Festa de São Paulo Apóstolo de Capinzal (83 anos)

          Comemoramos, neste sábado, o Dia do Apóstolo Paulo. A cidade de São Paulo comemora com grandes eventos a data comemorativa ao seu Padroeiro. Capinzal, minha terra natal, também comemora. Com uma grande festa, na Área de Lazer Dr. Arnaldo Favorito. Uma festa muito concorrida.
         
          Participei de mais de 90 % das edições da mesma, desde 1961, quando foram comemorados os 30 anos da Paróquia de São Paulo Apóstolo. Na mesma festa, os 25 anos do início de nossa Igreja Matriz. Nosso grande templo religioso, onde fui batizado e fiz minha primeira comunhão, é um prédio suntuoso, com uma arquitetura formidável, praticamente replicando a Basílica de São pedro, de Roma. É magnífica.

          A Festa de 1961, quando eu ainda tinha 8 anos de idade e estudava ali no Colégio mater Dolorum, está bem viva na minha cabeça. Foi muito balalada e bem promovida. Lembro que fizeram flâmulas de seda e que estas eram colocadas dentro dos carros da época. Penduravam-nas nos retrovisores internos dos Jeepes, Rurais e Aero Willys. Nos Chevrolets e nos Fords também. Era bonito vê-las balançando quando os carros andavam pelas ruas, algumas com calçamento de pedras e outras de chão batido.

          Lembro de Brenno Toaldo e da Romilda, Luiz Gonzaga Bonissoni, Guilherme Brancher, os Baratieri e os Barison, os Zortea, o Celso Farina, o Dileto Bertaiolli, os Golin, os Boff, Dambrós, Susin,  e muitos outros cidadãos que trabalhavam pela Igreja. Eram os "fabriqueiros", que os italianos chamavam de "fabricieri" (só aprendi que eram fabriqueiros quando jovem, pois sempre os chamavam pela palavra em italiano vêneto. E o Edgar Lancini, com seu vozeirão, fazia a locução ao altofalante. O Alemão Preto (Osvaldo Lemes), lidava com os coelhinhos...Fez isso enquanto viveu!

          Os anos passaram, tornei-me adulto e, em 1988 eu era o Presidente do Conselho Administrativo Paroquial. Nossa Paróquia abrangia Capinzal, Ouro e parte de Campos Novos (neste incluindo o Distrito de Zortea).  Eram quase 50 capelas que faziam parte de nosso grupo. Aprendi muita coisa com os companheiros "festeiros" de minha época. Lembro-me que o Valêncio José de Souza , de quem eu fora Vice-presidente antes, sempre dizia: "Quando forem pedir uma prenda, primeiro convidem o cidadão para a festa, entreguem o convite em panfleto,  e só depois peça o apoio.  E a população, tanto das cidades como da área rural, nos apoiavam muito. De tudo o que era arrecadado e dos lucros da festa nós prestávamos contas, primeiro na renuão de avaliação que fazíamos logo em seguida, quando o Ademir Romani e a Vanilda, e o Sérgio Scarton e a Janis nos apresentavam todo o demonstrativo financeiro. Depois, divulgávamos através do rádio.

          E tenho na mente as pessoas, além destas, que faziam parte de nosso grupo: O Nadilce Dambrós e a Sirlene (que me sucederam); o Elói Correa e a Dora; o Nelson Luvison e seu inseparável companheiro Elói Lagni (Lanho); o Rogério Toaldo e a Sônia; O Jandir Coronetti e a esposa; O Sérgio Riquetti, o Pedro Beviláqua, O Reinaldo Durigon e a esposa, O Zacarias e a Maria Tessaro, o Luiz Pedro Scarton e a Eliza,  o Sílvio Scalsavara e a Felícita, a Ivone Benetti, a Dona  Ladir Dorini, que chamávamos de "Tia da Auto Elite", A Dona Aurora Moro Bressan e o Antônio, o Oneide Andrioni e o Severino (tocadores de sino), com a Nair e a Lucir, o Frei Luís Wolf, o David e o Victorino, e o animado Frei Orlando, que puxava os cantos das Equipes Lutúrgicas, que eram coordenadas pelo amigo Valdomiro Correa, o Olivaldo e o Zeca Helt, o Nenê Baretta, o Albino Baretta,o Adelino Redin, que também já nos deixou,  o saudoso Alduíno Silva Amora, que comandava uma equipe de churrasqueiros junto com os Lagni, o Vilson Farias e o animado do Rogério Vidi, com as esposas, os Bersagui, e muitos outros. Formávamos uma euipe de 120 pessoas. Trabalhávamos. Doávamos nosso serviço para nossa Igreja e nossa cidade.

          E a família do Benjamin Miqueloto (Dona Ézide, Irenito e Neri), que cediam as instalações de seu antigo abatedouro e comandavam o abate do gado. E todas as senhoras da nossa vizinhança, que vinham ajudar no abate e preparação dos frangos.

          E, neste domingo, 26 de janeiro de 2014, acontece a 83ª festa de São paulo Apóstolo. Não mais no pátio da Matriz, como era no nosso tempo, mas na belíssima área de lazer.  Muitos de nossos companheiros de 25 anos atrás ainda estão lá, ajudam a manter uma tradição festiva e religiosa.

          Todos os que mencionei neste texto, e muitos outros que peço dusculpas por não ter no momento da redação lembrado de seu nome, nos ajudaram a construir a história de nossa paróquia e de nossa cidade.
Emociono-me ao lembrar de quanto essas pessoas trabalhavam, sem proveito próprio, pagando suas despesas de almoço e utilizando seus veículos para as tarefas. Eu não poderia, jamais, deixar de homenagear essas pessoas!
Euclides Riquetti
25-01-2014

2 comentários:

  1. Parabéns Riquetti por trazer essas histórias. Gosto muito de ler sobre a cultura e as tradições do nosso povo. Abração
    Darlo

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