La Moneda é o Palácio Presidencial do Chile. Nós o visitamos na primeira manhã em Santiago, no Chile. Tínhamos visita previamente agendada e chegamos lá via metrô, estação Universidad de Chile. A suntuosidade da casa não vem pela exuberância de sua arquitetura, mas sim pela História que ela insere. Ali, Michele Bachelet, médica pediatra, comanda um país que nos pode ser exemplo em cultura e educação.
Fomos recebidos por uma belíssima Carabinera, que nos conduziu à recepção, onde soldados engalanados mantinham-se altivos em seus postos de observação e controle. Identificamo-nos e até nos permitiram tirar umas fotos com eles. Conhecemos um simpático casal de Volta redonda – Rio de Janeiro. Encontrar patriotas onde quer que a gente vá, é sempre muito agradável.
La Moneda foi construída para abrigar a “Casa da Moeda” deles, a partir de 1786, com uso a partir de 1805. Com o tempo, um de seus presidentes julgou que, pela localização e praticidade, o local seria a sede ideal para instalar o Governo do país. À frente uma grande praça, a "Praça da Constituição" e, aos fundos, um fabuloso espaço onde há uma fonte e uma bela lâmina d ´água, a Praça da Cidadania. Andamos por diversos ambientes e uma guia oficial foi-nos passando valiosas informações. E, no segundo pavimento, não distante do Gabinete Presidencial, vimos uma parede de tijolos maciços que foi recomposta após uma explosão que ocorreu num atentado de 1973. Sem reboco, fica bem perceptível o desenho da intervenção pelos novos tijolos assentados, após a ocorrência de uma explosão: é uma das mais importantes marcas da História do Chile, quando da deposição do Presidente Salvador Allende, ocasião em que ele morreu. Emocionante ouvir os relatos sobre um líder político que legou comoção e esta se transformou em sensível lembrança ao povo chileno.
A visita foi muito proveitosa. Na saída, visitamos o "Centro Cultural Palacio de La Moneda", ali perto. Um espaço público em que são realizadas exposições das mais diversas. Naquele dia havia uma interessante exposição de Arte Islâmica, com peças muito antigas e admiráveis para quem aprecia História e Arte. Na Cinemateca Nacional, ali localizada, acontecia um evento. Como não falo espanhol (apenas compreendo, quando me falam devagar...) apresentei-me em inglês na recepção. Fui convidado por uma senhora funcionária do gabinete Presidencial para a audiência de uma palestra. À tarde haveria um palestrante do Rio de Janeiro. Dezenas de autoridades trajadas com “terno e gravata”, e as mulheres com elegantes "tallieurs" se faziam presentes. O tema em debate era a inclusão. Participei, inclusive, de um coquetel no intervalo, muito bem preparado e com gostosos quitutes e frutas. Serviam café e refrigerantes. Depois fui juntar-me à Miriam, Michele e ao Daniel.
Outras duas visitas que me impressionaram muito foi à de um dos muitos museus de Santiago e a sua Catedral Metropolitana, que foi iniciada em 1748 e que somente no século seguinte recebeu sua duas torres. Esta é uma magnífica obra de engenharia e arquitetura, com peças esculpidas em mármores. Dezenas de turistas entrando e saindo, fotografando à vontade. Muitas maravilhas que registramos com nossas câmeras.
Foi um dia muito cheio de atividades. Jantamos depois das 16 horas. Lá, como escurece por volta das 22 horas, 21 horas no Brasil, convencionamos fazer um “almojanta”, ou seja, um almoço em horário intermediário, com lances ao meio-dia e à noite.
Visitar os locais descritos foi muito aprazível para nós. Recomendo-os para quem visitar Santiago.
Euclides Riquetti
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