domingo, 13 de agosto de 2017

Meu pai: uma lição para toda a minha vida

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          Dia dos pais, dia de reflexão! Dia de, quem ainda o tem, dispensar-lhe o abraço carinhoso, dizer-lhe que o ama, talvez dar-lhe um presente bonito, quem sabe uma camisa, uma calça, ou um par de sapatos. Ou uma assinatura de jornal ou revista, quem sabe um livro. Dia de levá - lo para um almoço, provavelmente  ver um jogo de futebol, jogar uma sinuca, tomar um sorvete. Dia de comemorar...

          Recebi telefonema do filhão Fabrício, mensagem dele e da sua Luana no blog. Moram em Maringá, não têm como dar-nos um abraço mútuo. Telefonema da Michele, que mora em Ponta Grossa, sempre muito alegre e preocupada com a gente. Abraço da Caroline, que veio almoçar conosco. A Carol que nos deu a Júlia, com quem a gente se entende muito bem. Coisas que muito valorizo, fico contente, gosto que me liguem a toda hora, que me contem sobre o seu trabalho, o seu lazer, as suas inquietações. Gosto deles, tenho amor extremado por eles,

          Tive um pai maravilhoso, perdi-o em 1977, ele tinha apenas 55 anos. Guerino era seu nome, nome de "guerreiro". Era uma pessoa muito culta, tenho muita semelhança com ele, assim como tenho com meu filho. Lembrei-me, hoje, que minha mãe fazia um bolo para ele no Dia dos Pais. Sempre! Ele comprava refrigerantes, coisa que não era muito comum na época.  E nós lhe dávamos alguma uma coisa,  simples que fosse, tipo um par de meias, algo assim. Mas era de nosso coração.

          Mesmo depois de 38 anos, lembro-me dele como se tudo fosse como na época. Sonho muito com ele. Ele sempre me parece estar bem. Mostra sua calma, sua capacidade de compreender-nos. Quando ele se foi, encomendei uma placa de bronze com sua foto em porcelana, com a gravação de frase: "In médio virtus". Pode ser também "In médio stat virtus".  Foi a frase do filósofo Aristóteles que ele me mandou numa carta que me escreveu nos temos em que eu estava na Faculdade, em União da Vitória, para dar-me um conselho. A frase em latim,  que me pauta até os dias de hoje. "A virtude está no meio". Quando o encontrei, perguntei-lhe o que queria dizer com isso. Respondeu-lhe: "Não seja um muito pra frente, um prafrentex, como vocês jovens costumam dizer. mas nem um "pratas", um para trás, que se deixa passar a perna pelos outros, ou alguém que não acompanha a evolução das coisas, do mundo".

          Foi uma grande lição que ele me deixou, além de muitas outras: trabalhar e progredir honestamente, estudar, respeitar para ser respeitado. Agora, lembrar sempre disso, rezar sempre por ele,  ter isso em conta e dar aos filhos o mesmo carinho que meu pai me deu...

Euclides Riquetti

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