sábado, 4 de maio de 2019

O indesejável confronto ideológico e a educação em domicíio

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       O Presidente Jair Bolsonaro chegou ao Poder após defender a volta da ideologia de direita, a mesma propagada pelo Senhor Olavo de Carvalho, que mora nos Estados Unidos, e que vem colocando a colher mais do que deve no novo Governo.  Alguns ministros, notadamente a dos Direitos Humanos, Damaris Alves, seguem  a mesma linha. No momento, Damaris, que já manifestou posições muito polemicas, está em calmaria. Olavo de Carvalho está em ebulição, chegando a ser tratado pelo vice-Presidente, General Mourão,  como “Astrólogo”. Na verdade, o Governo Bolsonaro já nasceu polêmico pela maneira como se configurou.

       Mourão não é uma pessoa qualquer, foi um militar disciplinado e estudioso, que desempenhou muitas funções no Exército Brasileiro. E foi eleito, juntamente com Bolsonaro, pelo voto da maioria dos brasileiros, portando é autoridade constituída e não um simples falador como é o Carvalho.

       O radicalismo de posições ideológicas entre direita e esquerda não nos traz nenhum benefício. Sou da opinião de que as sociedades precisam de disciplina e seriedade. E a população simples, aquela que não tem em mãos os canais de comunicação, algumas vezes nem sequer o acesso à internet, não aguenta mais ver as querelas entre contendores do governo e os de oposição, e mesmo entre o Governo e seus próprios partidários. Acho, inclusive, que as encrencas têm sido maiores entre eles mesmos do que com a oposição. O Governo, ainda não aprendeu que as polêmicas só lhe causam desgaste.

       Por outro lado, o que tem de jornalista emitindo opinião fajuta na televisão é uma calamidade. Precisam dizer alguma coisa para entreter e manter a audiência de seus telespectadores. Porém, as pessoas comuns, as que andam nas ruas a pé, que ficam nas filas dos hospitais e dos serviços públicos, fazem uso da “democracia do controle remoto”, como dizia Dilma Rousseff, e trocam de canal para não ouvir bobagens. Todos querem solução para seus problemas e não apenas “opinião” daqui e dali. Aliás, as opiniões têm levado o próprio STF a entrar no rolo das confusões, no momento no epicentro delas.

       Outra questão que está em discussão é a da “educação em domicílio”. Falam sem conhecer o teor da Lei. Imaginam que cada cidadão que quer alfabetizar os filhos em casa pode fazê-lo, simplesmente. No entanto, haverá normas e protocolos a serem seguidos. E os educandos serão submetidos a avaliações periódicas. Particularmente, acho que a aprendizagem deva ocorrer em sala de aula. Mas, e se eu estiver errado? O que se vê é que há pais em condições de, além de proporcionarem a educação familiar, conseguem dar aos filhos mais do que dão as instituições oficiais e mesmo as privadas. Há pais que desejam blindar os filhos de um monte de perigos que rondam seus filhos.

       Entrei para a escola regular com oito anos feitos. Mas, em casa, meu pai, que era professor, e meu irmão mais velho, que era ginasiano, praticamente me alfabetizaram. Aprendi, quando estava no terceiro ano do primário, a calcular áreas e volumes. E já sabia, razoavelmente, empregar pronomes oblíquos. Aprendi, na educação básica, a preparar-me para a vida. E, na Universidade, a conhecer gramática e literatura que ajudam até hoje na redação de meus textos. Estamos vivendo a era em que todos emitem, facilmente, sua opinião sobre os fatos. E expressam-se com escrita e fala horríveis.

       Por outro lado, tive a alegria de lançar meu livro “Crônicas do Vale do Rio do Peixe e outros lugares”. Foram 43 crônicas colocadas nu livro bem produzido e com boa apresentação gráfica. Na verdade, ficou um livro “bem chique”! E tive o prazer de autografar 145 volumes na noite de seu lançamento, dia 12 de abril, em Ouro, em evento com quase 300 presentes.  Está em curso minha tarefa de dar vez a pessoas que viveram no anonimato, mas que deram importante contribuição ao desenvolvimento das sociedades.

Euclides Riquetti – Escritor – Autor do livro “Crônicas do Vale do Rio do Peixe e outros lugares”





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