sábado, 29 de junho de 2019

Falando com estudantes sobre a Ferrovia do Contestado, em Ouro

     

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       Estive em Ouro na terça, 25, para conversar com mini-jovens do quinto ano da Rede Municipal de Ensino, em Ouro, que frequentam as escolas Guerino Riquetti e Felisberto Vilarino Dutra, convidado que fui pela Coordenadora Pedagógica do Município, Fabiana Karvaski. Seis dezenas de alunos, conduzidos pelas pedagogas Izabel Cristinha Andrioni Faé, Diana Viganó e Jaqueline Durigon. Fomos recebidos pela simpática Pedagoga Edineia Rech, filha do amigo Hilário, esposa do Fábio Schlindenwein. A Diretora  Mônica  Álbara, que eu não conhecia ainda, também esteve apoiando o evento.

       Foi uma grande alegria falar para um plateia atenciosa e educada, interessada em saber fatos do passado, em especial de nossa Ferrovia do Contestado, que inaugurada em dezembro de 1910, serpenteando o Vale do Rio do Peixe, nos conectava ao centro do Brasil se tomássemos a direção de Porto União; e ao Uruguai e à Argentina se tomássemos a direção do Sul.

       A ferrovia, implantada pela Brazil Railway Company, que empregou na época 8.000 trabalhadores, foi o pontapé inicial para o desenvolvimento de nosso Vale do Rio do Peixe. À época, a instalação de estações ferroviárias em cidades como Caçador, Videira, Joaçaba e Capinzal, com diversas outras intermediárias, possibilitaram que nossa produção de madeiras, gado bovino e suíno, e derivados da carne, fossem conduzidos aqui do Sul para o Sudeste Brasileiro, e a erva-mate nativa, muito abundante por aqui, tomasse o destino do Rio da Prata, chegando ao Uruguai e à Argentina.

      As questões que levaram à Guerra do Contestado foram amplamente abordadas, procurando se dar uma visão ampla dos nossos conflitos históricos, de nossa colonização italiana e alemã, precedida pela presença de posseiros e proprietários vindos de diversos lugares do Brasil que chamavam de caboclos ou de brasileiros. A realidade é que, diferentemente do que é amplamente propalado, eles vieram muito antes do que nossos oriundi.

       Quero, com toda a sinceridade de meu coração, agradecer pela acolhida nas dependências da Escola Municipal Felisberto Vilarino Dutra. E registrar que o termo "mini-jovens", herdei do amigo Frei Luiz Wolf, (nascido em 23 de outubro de 1952), que foi Pároco da Paróquia de São Paulo Apóstolo, em meados dos anos de 1980, quando fui Presidente do Conselho Administrativo Paroquial daquela instituição.

      Então, aos professores, alunos mini-jovens, direção e coordenação pedagógica de ambas as escolas, meu carinhoso abraço e manifestação da mais profunda gratidão.

Euclides Riquetti
29-06-2019

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