Manhã nublada do outono aqui chegado
Dos calores amenos, do amor escondido
As cabeças tribuladas, o temor instalado
O medo que apavora pelo desconhecido...
Caminhos escuros, tortos, espinhentos
Dúvidas presentes, muita preocupação
Ânimos agredidos, horizontes turbulentos
Horas enfadonhas, pés desnudos, sem chão.
Para o futuro próximo, incertezas francas
Olhar para o infinito e nada a se encontrar
Apenas imaginar e projetar esperanças.
Para o hoje, cuidar do que se tem em mãos
Cuidar de quem nos cuida, ter amor e amar
Viver o real em tempos de dizimação!
Euclides Riquetti
31-03-2020
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