quinta-feira, 30 de abril de 2020

Morre Saul Parisotto - Ex-vice-Prefeito em Ouro - SC

Benoni Viel, Oziris D Agostini e Saul Parisotto - foto da Rádio Capinzal, início da década de 1970 - Sócios Diretores da RC.


      Faleceu, ao final desta tarde, o empresário capinzalense Saul Parisotto. Meu amigo Saul foi Vice-Prefeito em Ouro de 31 de janeiro de 1969 a 31 de janeiro de 1973, à época do primeiro mandato do saudoso Ivo Luiz Bazzo.

       Saul veio do interior para a cidade na década de 1960 e estabeleceu-se na cidade como comerciante, tendo sido sócio das Lojas Renner e, depois, proprietário das Representações Kieffer, ambas as empresas localizadas na Avenida Felip Schmidt.  Na juventude, visitava a área rural do Município de Ouro, onde ia com seu motociclo, onde vendia  trajes masculinos (ternos), rádios a bateria e a pilha, e máquinas de costura. Depois geladeiras, estofados e aparelhos de televisão. Muitos jeeps Wyllys foram trazidos por Parisotto de São Paulo e vendidos aos agricultores em Ouro. Ficou muito conhecido na região do Baixo Vale do Rio do Peixe, onde gozava de muito prestígio, por ser comerciante correto e com posições definidas a respeito de todas as coisas, desde a política até as questões de ordem econômica e social.

       Saúl casou-se pela primeira vez com Odete Andrioni (Parisotto) e, após a perda da esposa, contraiu matrimônio com Carmem Barbieri. Teve duas filhas, uma em cada casamento. Além de empresário, foi um dos fundadores e diretor da Rádio Capinzal. Também foi o gestor da construção do novo Centro Social São Francisco de Assis, da Paróquia de São Paulo Apóstolo, de Capinzal.

       Tenho três importantes registros a fazer com relação ao amigo que nos deixa: O primeiro, refere-se à chegada do homem à Lua, em 1969. Naquele dia, deixou uma TV ligada no interior da sua loja, no prédio de seus sogros Abel e Serafina Andrioni, e convidava os passantes para ver o acontecimento. Foi ali que eu vi a descida de Neil Armstrong à Lua.

       Depois, no dia 07 de setembro de 1984, após eu ter fraturas na tíbia e no perônio jogando futebol no estádio do Arabutã FC, em 22 de julho, estava lá eu de muletas vendo o desfile, defronte à Boutique da Zirley Barison (do outro lado da Rua há o seu próprio prédio, o Edifício Sanalma), na esquina da Rua XV de Novembro com a Carmelo Zóccoli, e ele chegou até mim, perguntou-me o que me acontecera e eu relatei-lhe. Ele falou-me: Olha, Riquetti, isso tudo é coisa provocada pelo óleo de soja. No tempo em que as famílias cozinhavam com banha de porco, isso pouco acontecia...

       Já em 12 de abril de 2019, no Clube Floresta, em Ouro, por ocasião do lançamento de meu primeiro livro de crônicas, estava lá ele com seu genro Luizinho Bonossoni, veio pegar autógrafo e me parabenizar pelo lançamento do livro. Falei-lhe: Obrigado, Roberto Carlos! O Saul costumava brincar quando a gente se encontrava, dizendo que era o Roberto Carlos, pois faziam aniversário em data bem próxima, o Saul no dia 15 de abril e o Roberto Carlos no dia 19. No início de março deixei convite lá no seu prédio para o evento do lançamento de novo livro, que foi cancelado.

       Saul era muito conhecido em todo o Baixo Vale do Rio do Peixe. Conhecia todos, cumprimentava, quando necessário dava uns puxões de orelhas em quem estivesse fora da boa linha de conduta.

       Resta-nos manifestar  as mais sentidas condolências a todos os seus familiares e amigos. Grande e carinhoso abraço, Roberto Carlos!

Euclides Riquetti e Família
30-04-2020



     

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