terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Ano novo, vida nova? Há perspectivas?

 



      O ano de 2021 nos chega com muitas incertezas. Temos mais dúvidas do que respostas para algumas questões, principalmente sobre a possibilidade de darmos a volta por cima (nós e o mundo!), com relação à superação do problema da Pandemia do Coronavírus. No início desta semana, os números mostravam-nos um quadro para muita preocupação: Ouro – 19 casos ativos; Capinzal, 29; Joaçaba, 285 no meio da semana.  imagino que nossas autoridades estejam encarando o problema de frente, a imprensa está fazendo muito bem sua parte, em especial as emissoras de Joaçaba e Herval d ´Oeste, mas, aqui, as estatísticas nos dão extrema preocupação.

       Estamos na torcida para que venham as vacinas, que a confusão política em nível nacional se dissipe um pouco, e que Butantã, Fio Cruz e Anvisa façam sua parte com rapidez razoável e a eficiência que sempre demonstraram ter. Na terça, alguns governadores cobraram do Ministério da Saúde a divulgação de um calendário para a vacinação. Burrice! É certo que o MS tem duas projeções: entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro, ou de 10 de fevereiro em diante. Fico com a hipótese de 10 de fevereiro em diante, com a organização dos estados e municípios. Principalmente dos municípios, que são os que fazem as ações de fato acontecerem. Fazem mais trabalho sério, seus funcionários se expõem muito, e fazem menos política sobre a questão.

       A maioria dos municípios da microrregião da AMMOC terá uma continuidade administrativa, quer pela reeleição dos prefeitos, quer pela eleição dos apoiados por quem estava no Poder. Nestes casos, as ações precisam ser mantidas e em algumas cidades melhoradas. Para quem veio “na virada”, onde a alternância é benéfica, é hora de colocar o time a trabalhar, com a escolha de pessoas eficientes, principalmente nas secretarias de saúde. Ao contrário de outros tempos, a demanda de serviços aumentou sensivelmente em 2020, os recursos aportados aos municípios, originários pela União ou pelo Estado, foi também maior. Hoje, a dificuldade maior, em todos os estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, é o material humano. O risco da exposição constante e a remuneração baixa são os principais desmotivadores ao trabalho na área, que é a mais complicada da administração pública.

       No entanto, em todos os anos que acompanho a vida das prefeituras, constato que é o em que os prefeitos terão a maior disponibilidade de recursos em caixa ao assumirem. Muitas despesas com manutenção de escolas, como por exemplo com água, energia e gás, ou até dos prédios públicos, foram reduzidas. Muitas ações programadas para serem executadas em 2020 foram adiadas, muitas obras licitadas não tiveram o curso de seu cronograma em andamento, e assim por diante. Ainda, as câmaras municipais, com a redução da movimentação dos edis e funcionários, bem como das viagens, sobraram muito dinheiro, que foi, por força legal, devolvido ao Executivo ao final do ano. Então, agora, mãos à obra para executar. Quem está chegando como novidade, com calma e bom planejamento, pode se dar muito bem.

       Aqui em Joaçaba percebe-se que há o interesse em tocar alguns projetos que ficaram parados, como a revitalização da Praça da Catedral, da antiga Rodoviária, a conclusão do Ginásio do Bairro Santa Tereza, muitas ruas aguardando o asfalto, pois já têm a rede de esgotamento sanitário implantada pelo Simae, o andamento da adequação e melhorias do aeroporto Santa Terezinha, e outras reivindicações que vinham sendo cobradas pelos vereadores. A conclusão das alterações do Plano Diretor também é muito esperada.

       Imagino que, após a superação do problema da pandemia, ações de turismo e cultura sejam efetivadas não apenas para gerar marketing, mas para se tornarem atividades que ensejem a geração de trabalho e renda. A fase de auxiliar quem perdeu renda está passando, as pessoas precisam se virar, mas há sempre o medo. Há de se pensar a projeção e execução de estruturas e alguns equipamentos de lazer, cultura e entretenimento, aliando nossa história, nossa arte e nossos costumes, mas sempre pensando-se que se possa promover a inclusão com ganhos para a economia das pessoas, e por consequência de nossa cidade.

Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com

Texto no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC - 08-01-2021

 

Um comentário:

  1. Olha, se tem confusão em nível nacional como você afirma, (e tem de sobra) não adianta só torcer, precisamos agir, explicar para o povo aquilo que desgraçadamente está a acontecer no Brasil. A turma que colocamos no Planalto, tendo como presidente um autêntico psicopata, dá esse resultado horroroso que assistimos. Transcrevo abaixo alguns trechos do artigo que li hoje no blog "O Cafezinho":
    "Quando alguém que comete um crime oferece perigo para a sociedade caso permaneça livre, esse alguém deve obviamente ser afastado do convívio social - (MAIA ESTÁ SENTADO EM CIMA DE MAIS DE SESSENTA PEDIDOS DE IMPEACHMENT DO PRESIDENTE). Por que não pede seu impedimento? Por que as Forças Armadas usam esse traste como escudo? Qual o objetivo? Eu gostaria de saber.
    Aqui não se trata de simples perigo mas de dano contínuo, pesado e irreparável à sociedade.
    E diz mais: o crime de genocídio definida pela Lei n. 2889/56, e uma das formas é quando alguém tem a "intenção de destruir, no todo ou em parte, gruo nacional", submetendo o grupo "a condição de existência, capazes de ocasionar-lhe a destruição física total ou parcial".
    Richetti, o mundo inteiro está interessado em que as vacinas cheguem o quanto antes, no Rio Grande, em Joaçaba, em Pindamonhangaba, Guarapuava...onde quer que seja. Quem está dificultando e muito é o cara que escolhemos em 2018. Votar errado, tudo bem, triste, é continuar batendo palmas... Aí não dá!
    Uma observação: não dá para entender como a turma aí de baixo, os orgulhosos sulistas, tanto defendem essa figura.., Como diz você - na maioria brancos, bem alimentados, IDH lá em cima ... Talvez seja isso?
    Eu, particularmente penso, que se a sociedade quisesse, bolsonaro, filhos e acólitos, pelo que já fizeram, est6artiamn todos na cadeia.
    A sociedade precisa se mobilizar...

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