quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Jujubinha: Vovó ou professora? - crônica saudosista

 



          A Jujubinha continua fazendo nossa alegria. Sempre tem novidades a nos contar. No domingo, 23, veio cedo cumprimentar-me pelo aniversário. Trouxe um "cartão de aniversário" que ela mesma confeccionou. Nele havia o desenho de um coração em azul e a frase:  "para Béns Vovô!" (sic). Fiquei animado com a desenvoltura e o desenvolvimento da netinha de 4 anos.  Perguntei-lhe se estava aprendendo a ler e ela me disse: "Claro! Não leio Lu...a;  leio lua, tudo junto"!   Muito falante, sempre tem resposta pra tudo...

         No domingo, fomos para o Clube 10 de Maio, na sua sede campestre, com o Tio Fá, a Tia Lu, a Mama Ine, o Vô Cride e a Vó Mi. É assim que ela nos trata. Piscina de manhã e de tarde, onde encontrou-se com coleguinhas da escola girassol e outros novos amiguinhos. Não se contentava com a piscina rasa, dizia: Vovô, quero mergulhar na piscina funda!" E lá ia o vovô e o Tio Fabrício para cuidar dela, que pulava na água, da mesma forma que faz na escolinha de natação. Depois, já na infantil, enturmou-se com meia dúzia de meninas e meninas.

          A Miriam, com aquele jeito de "vovó pedagoga", ia ensinando-os como deviam  movimentar os braços e as pernas para nadar. E gritavam: "Professora, me ensina!  Professora, aqui! Professora, me ajude!" A Jujubinha chegou para a vovó e falou: Vovó, por que chamam você de professora? A vovó riu e ela continuou: "Vovó, posso chamar você de vovó professora? Posso chamar você de professora?"

          Dia desses, eu estava na garagem de casa e escutei um barulho de algo caindo, tipo vidro quebrando, no andar de cima. E a Júlia: Vovó, foi mal...   Vovó... foi mal! A Vovó, com o barulho da máquina de lavar centrifugando, não percebera o que tinha acontecido: ela derrubara uma mesinha com tampo de vidro, que quebrou...  Certamente que, em algum lugar, aprende esse tipo de expressão, "foi mal" - falado por jovens e adultos.

          Ontem, terça, comprei um potinho de doce de abóbora. Deixei na mesa, ela foi lá, abriu e começou a comer. E a Vó: "Julinha, ai de você se sua mãe encontrar você comendo isso aí. Esconda antes que ela veja!" Hoje, bem cedo, fui pegar o doce na geladeira e nada. Não estava em nenhum lugar, não o encontrei. Ela escondeu não sei onde! Bem do jeito dela. Segue tudo na risca...

Euclides Riquetti
29-11-2014

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