A Assembleia Geral das Nações Unidas – os discursos de Bolsonaro e Biden - o que disseram?

 

       A Septuagésima Sexta assembleia Geral da ONU aconteceu na terça, 21, em Nova York, EUA. Havia grande expectativa no mundo com relação ao discurso do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, por ser estreante.  Na abertura, tanto o Secretário Geral da ONU como o Presidente daquela Assembleia manifestaram-se fortemente sobre a importância de os países mais ricos ou melhor estruturados ajudarem, com vacinas, os países mais pobres, como o único caminho para que se debele a Covid 19.

       Em seguida, como já é tradição, o primeiro presidente a discursar foi o brasileiro Jair Messias Bolsonaro, que se propôs a mostrar para o mundo o Brasil que não costuma ser  apresentado pelos meios de comunicação. Aliás, não apenas os jornalistas como grande parte dos brasileiros costumam passar ao mundo mensagens pessimistas com relação a nossa Nação. E isso não é de agora!

       O presidente referiu-se e deu sua posição sobre diversos assuntos, como a praticamente extinção dos casos de corrupção, sua aversão ao comunismo, os Investimentos em parceria com a iniciativa provada, o programa de privatizações de nossos portos e ferrovias e os investimentos nas mesmas, e a recuperação do modal ferroviário. Também ressaltou a importância dos Investimentos no saneamento pela iniciativa privada, o respeito aos contratos celebrados e o leilão da 5G, em andamento.

       Bolsonaro foi muito incisivo em mencionar o desempenho da agropecuária, da produção de alimentos para o mundo e de nossa alta produtividade. O Código Florestal ele citou como um exemplo para o mundo.

       Com relação ao Meio Ambiente, ressaltou que dois terços de nosso território está coberto por vegetação nativa, e comprometeu o Brasil a antecipar de 2060 para 2050 o prazo para conseguirmos nossa normalidade climática. Cobrou o mundo as compensações com créditos de carbonos, defendeu o “emprego verde”, a energia renovável e o turismo.

       Falou sobre o culto à liberdade de expressão, a situação dos indígenas no Brasil, o combate ao racismo e à intolerância. E que o Brasil já recebeu 400 mil refugiados venezuelanos. Mostrou preocupação com relação ao Afeganistão, como crescimento econômico mundial e do Brasil, e afirmou que o Brasil já aplicou mais de 240 milhões de doses de vacinas contra a Covid 19.

       Fechou seu discurso, de menos de 14 minutos, convidando aos líderes mundiais para que venham conhecer a Amazônia e ver como é a realidade da preservação ambiental.

       Depois de Bolsonaro falou o presidente dos Estados Unidos Joe Biden. Os assuntos principais foram o combate à pandemia e os conflitos internacionais, propondo a solução através de relações democráticas e não bélicas.  Conclamou todos os países a trabalharem juntos para que os direitos civis sejam respeitados e os problemas que afligem os povos sejam solucionados. Com relação ao clima, disse que os EUA dobrarão os investimentos.

       Bolsonaro recebeu críticas de analistas e comentaristas dos noticiários na televisão brasileira. Biden foi criticado pelos jornalistas norte-americanos. Cada um defendeu o seu peixe. Biden discursou para o mundo e Bolsonaro para os brasileiros. Alvos diferentes.

       No início da noite de terça-feira, foi confirmado que o Ministro da Saúde Queiroga está infectado com o vírus da Covid 19. Ele estrava participando da Assembleia geral da ONU, acompanhando o presidente Jair Bolsonaro. A comitiva presidencial retornou ao Brasil e o ministro ficaria por lá para isolar-se dos demais. Muito preocupante!

       Enquanto isso, os números de casos ativos de Covid 19,  tanto no País como em nosso estado estão regredindo. Isso é animador, mas não podemos deixar de tomar nossos cuidados da forma como vínhamos fazendo.

Políticos, cada um à sua maneira, nunca perdem a oportunidade de tentar vender o seu paixe!

Euclides Riquetti - Publicado no Jornal

Cidadela - Joaçaba SC - em 24-09-2021