quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

CANTARTE - nossos bons tempos poéticos (reeditando)

 

Euclides Riquetti declamando na Cantarte

          Na terça-feira, 03/04/2012, realizamos, em Ouro, a 5ª CANTARTE - Noite do Canto, Arte e Poesia. Na verdade foi a 4ª edição, mas, por um atrapalho meu, publicamos como 5ª, mas o que nos importa mesmo é que esta aconteceu, e foi  por nós idealizada no primeiro ano da Administração Neri Miqueloto, da qual faço parte. Aliás, o evento foi possível pelo apoio que o Prefeito nos deu, pelo Rogério Baretta e a Márcia Campiomi, da Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo, que nos deram a estruturação. E pelo empenho de nossa Presidente da APECOZ - Associação dos Poetas e  Escritores de Capinzal, Ouro e Zortea, a escritora ourense (e catarinense, por enquanto...), Maria Helena Bazzo, que liderou a organização, buscou patrocínios, e ainda atuou, com competência, na apresentação dos declamadores e dos músicos. Obrigado também à Rose Vilarino e sua colega, que atuaram na base de apoio. Já na chegada ao Clube Floresta, a surpresa pela belíssima decoração, assinada pela Hellen Crippa, de nossa cidade. Tudo bem articulado, harmônico, bonito, combinando com arte. (No hall de chegada, quadros de pinturas em óleo e mandalas, produzidos por artistas locais).

          A CANTARTE é o evento sucessor de diversos outros dos quais participamos ou ajudamos a acontecer nos últimos 20 anos em Ouro e Capinzal. Começamos com os Recitais de Poesias, em que alunos e alguns professores declamavam poesias, lá no auditório do Mater Dolorum. Lembro que algumas pessoas que hoje atuam no Jornalismo, e que foram nossos alunos no Sílvio  Santos e Belisário Pena foram instados a fazer a locução dos primeiros eventos, como o Eder Luiz, que hoje é detentor do site mais acessado do Vale do Rio do Peixe, o  "ederluiz.com", no qual costumo comentar notícias semanalmente, e o Marlo Matiello, do "vejaovale.com.br" e da Rádio Capinzal.

          Temos muitas boas lembranças daqueles recitais, onde os alunos declamavam, na maioria, poemas de sua própria autoria. Tenho uma lembrança triste, também, uma vez que, em 1998, poucos meses após declamar poesias de sua autoria, o André Franquini, meu aluno do Ensino Médio no Sílvio Santos, perdeu a vida num acidente, na Rodovia SC 303. Na noite anterior, fizera-me perguntas interessantes, na aula de Língua Portuguesa, justamente a última  que eu havia ministrado. E, no outro dia, ao voltar de Joaçaba, deparei-me com uma multidão aglomerada na estrada, no PJO, e soube da tragédia que levou-nos o talentoso André Luiz Franquini...

          Mais adiante, a Alzira  Pimenta passou a organizar os eventos "Ziza.1", "Ziza.2", e assim por diante.Quando ela foi embora, não podíamos deixar que o projeto morresse, e criamos, em 2009, a CANTARTE, que a cada ano se fortalece e ganha em qualidade, não  repetindo formatos. Neste ano, com a entrada da escritora Maria Helena Bazzo, melhoramos ainda mais, que, alías, teve uma de suas obras sendo encenada pelo Daniel,Thiago e Lainir, dirigidos pelo também competente e talentoso Luiz Alcides Dambrós, o Timus, com muita graça, talento, singeleza...

          Os presentes foram contemplados pela audição de declamações de poemas pelos próprios autores, com a participação de Evanir Riffel (Capinzal-Piratuba), Ramiro Vieira Neto (Ipira), Denize Ceccatto Bee (Pinheiro Preto), Jaime Telles (Joaçaba), Jorge Augusto da Silva (Ouro - gaúcho recém chegado), e este que vos escreve, Euclides Riquetti.

          Além de toda a arte poética expressa nos poemas e na encenação, fomos brindados pela presenta do uruguaio radicado em Concórdia, "Ramón Borges" e seu companheiro Leonel, que desfilaram um repertório musical de alto nível, encantando todos os presentes e sendo aplaudidos.

          Ao final, ao agradecer a presença deles, possibilitada pela escritora Maria Helena, falei: "Quem tem Ramón Borges e Leonel não precisa de Michel Teló!!!", e fui secundado por risos e aplausos,. mostrando que os quase 200 presentes ao evento conhecem muito bem a verdadeira arte de cantar.

          Aliás, êta público qualificado. Nem os pequeninos deixavam de apreciar tudo, aplaudir tudo. E isso é muito gratificante, anima o poeta, o escritor, o músico verdadeiro, aqueles que cultivam e preservam a arte.

          Obrigado a todos os que ajudam a preservar a  verdadeira arte, em espcial a poesia!


Euclides Riquetti
05-04-2012

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