terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Quem será nosso novo Presidente?

 




Quem será nosso novo Presidente?

       Há pelo menos meia dúzia de institutos realizando pesquisas eleitorais para ver a preferência dos eleitores em ralação aos candidatos à Presidência da República. E todas elas apontam Luiz Inácio Lula da Silva como favorito a levar os votos da maioria. Claro que o pleito será somente dia 2 de outubro e até lá muitas águas farão rodar as rodas dos moinhos. Mas até os bolsonaristas mais convictos sabem que a chance de Lula levar é muito grande. O ex-Presidente é muito esperto e, ao longo dos anos, desenvolveu habilidades primárias de condução da mente humana que o atual Presidente jamais desenvolverá.

       Converso com as pessoas na rua e poucas vezes encontro lulistas, pois aqui no Baixo Vale do Rio do Peixe a direita é muito forte e o PT foi muito mal nas eleições municipais, sendo que em algumas cidades, a exemplo de Joaçaba, nem candidatos teve. Nosso povo é conservador, religioso, valoriza o trabalho e os negócios. Ninguém quer dividir o que é seu com outros, mas é muito solidário nas adversidades. E bastante politizado!

       Hoje, precisariam surgir vários fatos novos para que Jair Bolsonaro ou um terceiro nome viessem a derrotar Lula. O generosismo de Bolsonaro não tem impulsionado sua candidatura à reeleição. Teimoso, não muda de opinião nem diante dos argumentos mais válidos e as mais fortes evidências. Diria uma amiga minha aqui que ele é muito tosco. Concordo! O comportamento dele diante da pandemia é totalmente condenável.

       Lembram de quando Paulo Maluf queria, a todo custo, ser Presidente do Brasil? Fez um enorme auê para ganhar de Mário David Andrezza a convenção do PDS e depois perdeu para Tancredo Neves no Colégio Eleitoral, em eleições indiretas. Pois agora João Dória trilha o mesmo caminho e a imprensa nacional já repercutiu que terá uma sede de 3.500 metros quadrados para instalar seu Quartel General de campanha. Com direito a stúdio de TV.  E que contratará, já em março, 200 funcionários permanentes para formularem e realizarem sua campanha. Isso me cheira a coisa antiga, ao uso do Poder Econômico para um político conseguir seu intento. Mas, diante de qualquer efeito manada, isso de nada servirá.

      Já alguns que se consideram bem informados passaram pra frente a ideia de que Sérgio Moro, se não conseguir a preferência de 15 por cento em pesquisas até o fim de janeiro, sai para candidato ao Senado pelo Paraná. Pessoalmente, acho que esta seria a melhor opção para ele, pois o Paraná é sua terra, é um estado com predominância política conservadora e isso garantiria sua eleição. Vai ser uma eleição “briga de foice” e os confrontos serão muitos.

Prejuízos com a estiagem – Agricultores, principalmente os granjeiros que plantam milho, estão tendo elevadas perdas em suas lavouras. Dá pena! Na área compreendida entre Capinzal, Zortéa e Campos Novos os prejuízos são maiores. O plantio mecanizado possibilitou que um produtor cultivasse grandes áreas com menor tempo de trabalho. Com isso, maior é o risco. Na agricultura convencional, em que o produtor vai plantando gradativamente, a germinação das sementes e o crescimento das plantas não obedece a um único cronograma. Assim, nas adversidades climáticas, apenas percentuais de suas lavouras têm as perdas maiores e outros menores. Como dizem os descendentes de italiano: Quando se planta uma parte por vez a chance de ter milho “escape” é maior.

       E, mais uma vez, se começa a ouvir os discursos já bem antigos e manjados de que serão contratados caminhões para transportar água para os animais, se abrirão fontes, se construirão cisternas, etc. Há quatro décadas acompanho isso de perto: já fui produtor rural, comerciante, gestor público, administrador de empresa de grande produção agropastoril. Ainda não temos um plano de redução dos impactos das estiagens permanente. O que é construído numa ocasião emergencial, é destruído tão logo passe o problema. Torcer para que as chuvas que caíram em algumas tardes se repitam e boa parte das lavouras possa ser salva.

Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com

 

Um comentário:

  1. Ninguém quer dividir o que é seu com os outros...eis a essência daquilo que vivemos hoje. É o fim da picada.

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