Os fatos, por si
só, independentemente da forma como são divulgados, mostram-nos as barbáries
que acontecem no cotidiano brasileiro. Agressões a idosos, crianças, mulheres,
animais e seres indefesos. Constatamos a vivência do desamor em tempos de
barbáries. Atrocidades que tiram a vida, que causam mutilações anatômicas e
psicológicas. Um horror!
Além de todas
essas perversidades, que precisam fortemente serem severamente combatidas, e os
autores devidamente punidos. A falta de clareza nas notícias que são
propagadas, pelos mais diversos meios, todo o tipo de ativismo e o oportunismo,
mais atrapalham do que ajudam para que se possa encontrar a minimização das
ações de perversidade.
Todas as formas
de violência precisam, seriamente, ser combatidas, com punição. Mas a prevenção
é ainda mais importante, pois, se não houver crime, não será preciso haver
punição. Se pelo menos metade de todo o espaço dado à política fosse usado para
trazer a informação sobre boas práticas preventivas, certamente que teríamos
melhor resultado. Aqui em Santa Catarina, por exemplo, as estatísticas nos
indicam que a maior ocorrência de feminicídios se dá aqui no Oeste, e,
sobretudo, no meio rural. Os acidentes de trabalho, na construção civil e na
agricultura, no descuido, claro que involuntário, da operação de plantio,
transporte ou colheitas com máquinas agrícolas, em especial tratores.
Ainda, a falta
de UTIs para o grupo neonatal e infantil é uma realidade. Faz-se muita política
e se deixa de lado o essencial, que é a vida humana. Faz-se política, mas não
se dá às rodovias o padrão necessário para que os acidentes sejam reduzidos. Tudo
o que acontece eu classifico como desamor, relativização da morte e banalização
da vida. Precisamos rever conceitos, refletir, focar menos na encrenca e mais
na educação, na propagação de práticas mais humanas em toda a atividade social,
educativa, cultural ou laboral.
Nem tudo aos dinossauros, nem tudo aos terneiros – As eleições
chegando para os cargos de Deputado Estadual, aos que pleiteiam cadeiras nas
Assembleias Legislativas; Deputado Federal, para a Câmara Federal; Senador, ao Senado Federal, com uma vaga
apenas para estas eleições e mandato que vale por oito anos. No âmbito do Executivo,
para Governador do Estado e Presidente da República. Nas eleições de 2018, na
onda da mudança, um grande número de políticos elegeu-se pela primeira vez.
Agora, em que muitos foram reprovados nos “testes”, é hora de serem reprovados
nas urnas. E muitos dinossauros, aqueles que não comprometeram sua biografia no
cumprimento de seus mandatos, certamente que estão voltando ao cenário, com
chances de se elegerem de novo.
A caminhada para a reta final das eleições – Para a maioria da população comum,
o período de campanha eleitoral sempre foi uma chatice. Então apareceram as
fitas de videocassete e, em seguida, os DVDs. As pessoas as alugavam e se
livravam de ter que suportar a programação da TV aberta. Daí, vieram os canais
de TV por assinatura e, agora, a internet muito rápida. Nesta semana, acontecem
as convenções para a escolha dos candidatos em geral e a formação de coligações
para os cargos do Executivo às eleições de 02 de outubro. Em termos federais,
só um fato novo gravíssimo, ou o aparecimento de um fenômeno eleitoral mudaria
o cenário que aponta Lula e Bolsonaro para ir ao segundo turno.
Nada indica que
a eleição se defina no primeiro. Aqui em nosso estado, muitos candidatos
fortes. Carlos Moisés buscando a reeleição, os senadores Jorginho Melo e
Esperidião Amin se definindo se vão os dois ou se fazem uma coligação ainda
neste primeiro turno, Jean Loureiro obtendo apoios fora de seu partido, Antídio
Lunelli tentado manter candidatura pelo MDB, enquanto boa parte de seu partido
que apenas colocar vice ao Governador Moisés, e Décio Lima pela frente dos
partidos de esquerda. Diferente do que irá acontecer em Brasília, aqui,
independente de quaisquer pesquisas, todos eles têm condição política e
estrutura para chegarem ao segundo turno. São cinco situações de centro-direita
e uma de esquerda. Isso encaminha para uma campanha em que cada um evitará de
alfinetar o outro, pois, no segundo turno, de seis restarão dois.
Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com
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