terça-feira, 27 de setembro de 2022

As mansas águas do lago inerte

 


 




 

As mansas águas do lago inerte

Escondem medos e segredos

São águas descidas dos veredos

Que o sol do meu outono aquece.


Lágrimas de mulheres que sofreram

De choros copiosos e incontidos

Que levaram seus gozos e gemidos

E, silenciosamente, ali jazeram. 


São as águas do tempo paradas

Que já não banham corpos desnudos

Já não atiçam meus olhares mudos

Mas que banharam vidas passadas.


E eu tento localizar-te nas margens

Deitada ao sol que te bronzeia

Que te torna a mais desejável sereia

Que eu cobiço em minhas tardes...


(Num sábado outonal, à meia tarde!)

Euclides Riquetti

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