sábado, 2 de março de 2024

Como as rosas de setembro

 


 




Quando setembro chegou...
O arvoredo ficou bem tinturado de verde natural
Os ipês amarelos coloriram a primeira tarde da pré-primavera
O roxos contrastaram com o alaranjado das corticeiras
O outono esqueceu-se de derrubar algumas folhas que já feneceram
E o perfume das flores das pereiras, laranjeiras e pessegueiros colore cada quintal:
Quando setembro chegou!

E, com ele, as roseiras abriram seus brotos e nos contemplaram com as rosas
Seus espinhos desapareceram, ficaram ocultos atrás de pétalas e folhas
Rosas champanhe, vermelhas, rosadas e majentas
Cravos vinhos, brancos, rosa-branco matizados
Azaleias rosa-vivas,  brancas e  beijos multicores
Cravilhas  e  calanchuês esperam, ansiosos, pelas margaridas!

Já vieram as florinhas amarelas do campo, as sempre-vivas
As orquídeas se grudaram nos troncos apodrecidos
Os copos-de-leite se avolumaram junto aos agriões do riacho...
Calêndulas e crisântemos enfeitam jardins e gerânios as floreiras das sacadas
Mas  eu espero os girassóis, os girassóis são meus sóis...

É como setembro
É tempo de alegria, vibração
É tempo de agitar o coração
Setembro, é apenas setembro
O meu setembro, o teu setembro, o nosso setembro...


Euclides Riquetti

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