segunda-feira, 12 de agosto de 2013

O protetor solar do Amílcar

          Passei por General Carneiro na sexta-feira. Estou impressionado com o volume de obras que estão sendo executadas na BR 153, próximo ao trevo de acesso à cidade. Estão contemplados com túnel e estradas  marginais. Investimentos altíssimos. Quem passar por lá, no máximo em seis meses, vai-se admirar pela exuberância do em empreendimento.

          Parei para olhar para aquela igreja com aquele telhado com cúpulas metálicas, provavelmente de confissões que seguem as da Ucrânia ou Rússia, ou até quem sabe polonesas. Parecida com a dos Ucranianos de União da Vitória. parei num Posto de Gasolina e fui para a Lanchonete onde me esperava um amigo que reencontrei este ano. Havíamos combinado por telefone e estava lá a me esperar o Amílcar.

          "Venha cá, Riquetto, que quero te quebra as costela!"  -  Foi aquele abraço fraternal do amigão que me acompanhava nas idas para o Clube "25", lá em Posto União, quando nas tardes de domingo íamos dançar ao som do "Disparo 70". O Cícero era  guitarrista e vocalista. Bom músico, durante a semana lavava carros e lubrificava no Posto Ipiranga, dos Ravanello, ali na Manoel Ribas, em União da Vitória. Ficamos muito amigos os três, lá pelo início da década de 1970. Íamos á tarde dançante e depois ao Cine Ópera. Havia muitas gatinhas sempre no 25, devem ser todas avós, hoje!

          Cumprimentou minha esposa, estava radiante em nos ver. Tomamos um cafezão e comemos pastéis de vento.  Perguntamos como estava a família e ele começou falar de sua netinha, que convidara para vir mas que ela não quis porque estava vendo o Nick Jr. na TV. Trouxe-me dois quilos de erva para me presentear e eu lhe dei um CD de músicas italianas que foi gravado pelo Grupo Píccola Itália Del' Oro, lá do Ouro. Ficou contentíssimo, deu-me mais um abraço.

          Conversamos amenidades, tomamos nosso café e eu disse que teria que seguir viagem. Precisava almoçar com minha irmã Iradi e o Luiz Fernando Ghidini, lá do Restaurante X Burguer.
Ele queria que ficássemos para almoçar na casa da filha e do genro, prometi que farei isso em outra oportunidade. Perguntei-lhe como estavam os negócios com a erva-mate e ele me disse que estão bons, que no inverno vendem bem e os preços compensam.

          Depois, veio com essa: "Sabe Riquetto, no inverno tudo é fácil. No verão, além do mercado ficá difícil  ainda tem as dispesa extra. Veja bem que agora ele têm que comprá até protetor solar pros tirador de erva na pranta! Num acho que isso seja de obrigação do patrón, mas se é lei temo que cumpri. No inverno, fatore 30 e no verão fatore 50. Mais tenho uma ideia. Como o 50 é muito caro, asso que dá pra compra um de 20 e um de 30 e misturá, que fica de 50."

          Minha patroa se segurava para não rir, disse que ia tomar uma ar puro, pediu licença e foi lá fora rir sozinha...

          Expliquei-lhe que não é assim, como uma conta de matemática. Se misturar os dois cremes, vamos ter um volume em dobro, mas o fator passa a ser 25, e não os 50. Ele disse que sempre me admirou porque além de eu escrever umas poesias  também tinha um razoável senso de lógica matemática. Mas que não se conformava que podiam economizar se fosse do jeito que ele pensava.

          Comecei a despedir-me e me fez prometer que o visitarei em Palmas, onde reside, e não em General, onde mora a filha. Disse-lhe que em novembro, quando eu for na Festa da Família Richetti/Riquetti, em Cascavel, passo por lá e o visitamos. Prometeu-me que vai fazer um "costelón" pros amigos e para nós. Para o almoço do dia 17 de novembro, para comemorar meu aniversário do dia 23. Certamente que  estaremos lá!


Euclides Riquetti


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