domingo, 22 de março de 2015

Conversando com crianças da Escola Vilarino Dutra, em Ouro

          Na terça-feira fui a Ouro e Capinzal cumprir com alguns compromissos.  Compromissos podem se traduzir em coisas boas, não necessariamente em algo que nos incomode. E meus compromissos, lá, foram bem sucedidos, me deram prazer e alegria. Um deles foi "bater um papo" com as crianças dos terceiro, quarto e quinto ano da Escola Municipal Felisberto Vilarino Dutra, no Bairro Parque e Jardim Ouro.

          Fora convidado pela professora e diretora  Edinéia Rech, minha ex-aluna, agora diretora da Escola. E o é por merecimento e competência. Lembro-me bem de que ela e a Jocilei Durigon eram líderes muito dinâmicas no tempo em que eram alunas minhas na Escola Prefeito Sílvio Santos. Viraram professoras, esposas, mães. De que mais as pessoas precisam para se considerarem realizadas e felizes?! Pois, para minha alegria, muitos de meus ex-alunos tornaram-se professores.

          A professora Josiane Balbinotti Isganzela, do terceiro ano, desejava que seus alunos tivessem contato com alguém que conhecesse um pouco da História do Município de Ouro e o convite veio a mim através da Diretora Edinéia. Quando ela me formalizou o convite falei: "Terei muito prazer em conversar com os alunos". E sugeri aproveitar minha ida para estender a oportunidade à participação de outras crianças. Pois bem, cerca de 70 crianças ocuparam o auditório da Escola na terça, a partir das 10 horas. Lá reencontrei,  também,  a Andréia Zanini, a Carmen Bonato, a Jandira Bonamigo e Jiovana Ganzala Franceschine. As três primeiras também foram minhas alunas.

          Foi extremante gratificante conversar com os alunos e contar-lhes sobre a história de como o Município foi povoado, há mais de um Século. Ressalto sempre que, antes de virem os "italianos" da Serra gaúcha, já havia muitos caboclos em Ouro. Engano pensar que os "oriundi" foram os primeiros a chegar. Aliás, só vieram depois da construção da estrada de ferro. Exemplo é a presença da família Teixeira Andrade, proprietária de terras que iam da Linha Bonita até o Pinheiro Baixo. E também os Zaleski, os Silva e muitos outros.

          Falei de algumas famílias que foram pioneiras, dentre elas os Dambrós, os Durigon, os Savenhago, os Bazzo, os Campioni e assim por diante. Aliás, Dambrós, Savenhago, Campioni e Mantovani (estes de Rio Capinzal),  foram  muito importantes na industrialização da região, pois juntamente com os agricultores, fundaram o Frigorífico Ouro, hoje "Perdigão", ou BRF, como queiram. Também falei de Ouro ter sido denominado "Distrito de Abelardo Luz", no início da segunda década do Século XX, pertencendo à cidade de Palmas, Paraná. Depois a Cruzeiro (com sede onde hoje se situa Catanduvas). Cruzeiro originou a cidade de Joaçaba. Mas Ouro também pertenceu a Campos Novos e Capinzal. E possibilitou a emancipação de seus Distritos de Lacerdópolis, (que julgávamos chamar-se Barra Fria), e Presidente Castelo Branco (antigo Dois Irmãos).

          Fiquei maravilhado com a educação das crianças, todas atenciosas e participativas. À medida que eu falava, faziam intervenções: "Fulano de tal é meu vovô, meu biso"... Até sobre a história do "homem que queria voar", o Luiz Faccioni, no Pinheiro Alto, há quase um século, um deles sabia... Falei do porquê de o município fazer aniversário em 7 de abril, dia do aniversário do Partido Político UDN, muito forte na época. Também descrevi como era a cidade há meio século e o Parque e jardim Ouro. Mencionei o "Velho Nicola", o Werner da Silva e seu pai, os Thomé, os Grulke, o Vidal de Matos, o Peroza, e o Hercílio e Pedro Lima.  Fizeram-me um "caminhão" de perguntas e procurei responder a todas. Teríamos assunto para conversar muitas horas...

          Quero agradecer à Edinéia e às professoras por terem me dado a oportunidade de conversar com os alunos e professores. Foi uma alegria indizível para mim. Esta e outras atividades em Capinzal e Ouro deixaram meu dia muito melhor.

Grande abraço em todos!

Euclides Riquetti
       

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