Quem acompanha os noticiários, em nível nacional, estadual e regional, sabe muito bem que pelo menos dois terços das noticias veiculadas são extremamente ruins. Boas notícias são exceção. Alguns, raros, projetos bem sucedidos. Uma ou outra pessoa que consegue êxito em alguma competição esportiva ou intelectual, alguma exposição, alguma obra sendo iniciada, nada mais!
No mais, notícias sobre tragédias, violência, corrupção, desmandos, malfeitos, gente mentindo, gente enganando gente, gente sendo passada para trás por espertalhões (levada pela ganância...), índices assustadores nas estatísticas da inflação que cresce, da educação que vai mal, da saúde que deixa as pessoas sem atendimento, demissões nas empresas, agora uma prefeitura aqui da região demitindo professores e funcionários da educação.
Procuro acompanhar tudo, conversar com as pessoas. E ler os comentários que leitores escrevem nos portais de notícias, muitos deles. Todos queixando-se, reclamando que tudo está muito caro, que a conta da luz está pela hora da morte, que a comida está muito cara nos mercados, que o material de limpeza está pela hora da morte. A inflação com expectativa de atingir 9,15% no ano, podendo ficar em 9,25, por enquanto... O desemprego aumentando, as pessoas retirando seu dinheiro da poupança para cumprir seus compromissos, etc, etc.
Escrevi, em minha coluna no Jornal Cidadela, que circula nesta sexta-feira, sobre as mentiras que nos são apresentadas nos noticiários. Muita gente tentando confundir o cidadão, uma gama elevada de acusações, muita gente pecadora querendo se fazer de santa. Entendo que a cabeça das pessoas deve estar muito confusa. Mas o cidadão brasileiro está atento a tudo, não gosta de ser enganado. O cenário está pintado de preto, o diabo não está cor-de-rosa...
Fui hoje a Ouro e Capinzal, ontem a Herval D ´Oeste. Pouca gente comprando nas lojas e mercados, os estacionamentos com muitas vagas sobrando, caixas outrora com filas, agora às moscas, postos de serviço abastecendo poucos carros. Muito menos gente do que o normal nas ruas. Acredito que as pessoas estão saindo para o trabalho e voltando para casa. Evitam contato com as tentações das "promoções" nas lojas. Passei num local onde compro um determinado produto que vendiam a R$ 18,50 e estava em R$ 15,50 por quilo. Falei que, quem quiser vender, precisa fazer concessões. É hora de cada um dar um pouco de si, é a estratégia da sobrevivência e da superação da crise. É hora agir com responsabilidade, de caprichar no serviço, de encontrar maneiras criativas de ganhar a vida. O diabo não está mais cor-de-rosa, está ficando preto. Precisamos fazer com que volte à condição anterior, que é a que nos agrada.
Euclides Riquetti
23-07-2015
Olá amigo! Realmente a coisa está preta! Se ali na sua cidade está ruim, imagine na minha...
ResponderExcluirAbraço, Luiz Maurício.
Olá professor! Verdadeiro e reflexivo seu texto! Estamos vivendo num castelo de areia. Qualquer chuva, tudo por terra. Sonhar, pensar, poetizar, tudo isso faz parte de nossa existência. No entanto, quanto os aluguéis vencem, os filhos choram de fome, somos demitidos do tão batalhado emprego, e assim por diante, não há castelo que aguente. Precisamos de solidez nas decisões de nossos líderes. Solidificação na reconstrução de nosso país. Sonhar com os pés no chão, trabalhando, recebendo e pagando nossas contas com um pouco mais de alegria e esperança. Abraços. miriancarmign@gmail.com
ResponderExcluir