quinta-feira, 22 de outubro de 2015

O belo que a mão de Deus esculpiu


          Nosso Brasil tem uma pródiga e indescritível natureza. É uma grande aldeia natural a abrigar o homem, a inspirar o poeta. Em todas as suas regiões, mesmo que não houvesse tido a intervenção do homem, teríamos belezas a apresentar, pois há as  naturais para nos encantar e encantar nossos visitantes. Duzentos, quatrocentos milhões de anos a nos fazer bem, a moldar nosso relevo de forma a se tornar, por si só, algo que nos fascina.

          A orla brasileira, com  seus rochedos nas encostas,  ou mesmo com as milhares de praias paradisíacas, surpreendem ao visitante que vem pelo mar. A paisagem verdejante, entrecortada pelas águas dos caudalosos rios e dos mansos lagos a embasbacar  os que vêm pelo céu. Os vales por onde correm sinuosamente esses rios, emoldurados por paredões de rochas, configuram paisagens singulares.

          Em cada lugar, cada canto, cada ponto de nosso país, sempre há algo natural a ser admirado. Por quem nos visita e por nós mesmos. Nossa natureza é simplesmente espetacular.

          Nossa Região Sul,  que tem reconhecimento nacional pela sua força produtiva e de trabalho, não foge à regra brasileira. São três estados e muitas semelhanças. Estados celeiros.

          No Paraná, além de toda a sua serra litorânea, de suas belas praias, há dois recursos que chamam a atenção do mundo: O Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa; e o Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu.  São dois momumentos naturais de reconhecimento mundial.

          No Parque do Iguaçu, onde tivemos a oportunidade  de estar algumas vezes, destaco as Cataratas do Rio Iguaçu, aquela imensidão de águas que a natuureza habilmente para ali conduz, com quedas de até 80 metros de altura. Um mar de águas. E a localização numa área de terras que comporta sítios naturais e de preservação biológica. Milhares de animais e plantas, das mais variadas e raras espécies formam sua fantástica  bodiversidade.

           Em Vila Velha, nos Arenitos, em múltiplas formas;  nas três Furnas, com até 80 metros de profundidade,  ou na Lagoa Dourada, não há como não ficar embevecido com o que a natureza nos legou ali. É muito capricho! Parece que  Deus tirou  muitas de suas horas daqueles sete dias na Criação do Mundo para projetar aquilo qu está ali hoje. Lembro-me de que, durante muitos anos, quando se compravam fósforos da marca Irati, estampava a caixinha uma gravura de um  cálice de arenito, muito conhecido.  Animais raros podem ser localizados naquele parque.

          Aqui em Santa Catarina, um dos grandes monumentos naturais é a Serra do Rio do Rastro, que liga a Serra Catarinense ao Planalto Serrano, basicamente nos territórios dos Municípios de Lauro Müller e Bom Jesus da Serra.  A a intervenção humana fez pavimentar 12 Km da Rodovia que a corta com milhares de metros cúbicos de concreto, mas tudo projetado de forma a adequar-se á paisagem sem causar-lhe muitos danos. Motociclistas do Meio Oeste de Santa Catarina e gaúchos,  nos finais de semana, costumam dirigir-se para ali só para poder sentir aquelas sensação de liberdade que só eles sabem sentir e curtir. A estrada possui quiosques na sua extensão, onde servem comida e oferecem banheiros aos passantes.

          Outro lugar que muito me atraiu,  e volto para lá sempre que é possível,  é a Guarda do Embaú, ao Sul de Palhoça. Ali, um rio vem paralelo à praia e alcança o mar num ponto próximo a um morro, dando-nos a impressão que a grande faixa de areia branca, aquele paraíso dos surfistas, seja uma ilha. A vila, pequena e com suas ruas estreiras, lembra-nos aquelas aldeias indianas ou jamaicanas, onde, no verão, as cabeleiras rastafári tomam conta do visual local.

          O ponto mais famoso da Guarda do Embaú  é a Pousada do Zulu.  O Zulu, além de modelo e ator que já participou de produções Globais, é um "homem do mar". Nada e surfa. Em qualquer época do ano, mesmo no inverno, os surfistas estão presentes com suas pranchas e encantam os poucos visitantes. mas, no verão, a vila de ruas estreitas fica intransitável. Mas vale a pena ir até lá. Numa das vezes que lá estive, andando nas trilhas de um morro de um pontal, escutei uma voz:  "Estou procurando um homem do Ouro!" Olhei, era meu amigo Hermes Susin, colega de adolescência. Eu jurava que jamais iria encontrar um conhecido ali, mas encontrei. Divertimo-nos rindo de nosso encontro.


          No Rio Grande do Sul há umas cachoeiras muito bacanas, como por exemplo uma que serviu de pano de fundo na filmagem de O Quatrilho, na Serra Gaúcha. A Cachoeira do Caracol, em Canela, e os cânions de Cambará do Sul são expressivas belezas naturais.
         A Lagoa dos Patos, no RS e a de Laguna, em Santa Catarina, dão excelência à paisagem litorânea. A Ilha de Santa Catarina, com suas mais de 50 praias, é outro grande monumento natural. Os rios Guaíba, Das Antas,  Pelotas e Uruguai, no Rio Grande do Sul; Canoas, do Peixe, Chapecó, Peperi-guaçu e Itajaí, em Santa Catarina; Guaíra, Iguaçu e Paraná, no Paraná, desenham a paisagem hídrica exuberante de nossa Região Sul.

          Nossa natureza é abençoada. Temos 4 estações climáticas bem definidas no ano. Nossos invernos são frios, nossos verões quentes. No outono caem as folhas e recomeçam os ventos. Na primavera os campos florescem, o clima é ameno. Só resta ao homem preservar aquilo que ganhou, de graça, e que foi construído pela mão divina. Deus salve o Sul, Deus salve o Brasil.
         

Euclides Riquetti
05-02-2013

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