quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Aline Rocha é Tetra na São Silvestre

         Já virou rotina aqui em Joaçaba no último dia de cada ano: Aguardar o resultado da maratona de  São Silvestre, em São Paulo, e ver a para-atleta Aline Rocha campeã. E, neste, comemoramos o TETRA!

         Estive em Capinzal nesta manhã, visitando meu irmão Hiroito, o Piro, que convalesce de cirurgia delicada, e vi na TV Globo, lá, a vitória da Aline Rocha. Vibramos, pois a menina treinada pelo treinador/namorado/noivo Fernando Orso, o filho  da Maristela, nos trouxe mais uma grande alegria. Já estamos acostumados a ver a Aline nas telas da TV, mostrando-nos seus feitos de sucesso. Emocionamo-nos sempre que ouvimos a história de seu acidente de carro, em que ficou paraplégica. Dia desses, um dos bombeiros que a socorreu, deu-me os detalhes de como foram os procedimentos para resgatar a bela menina de Campos Novos das ferragens do veículo.

          Depois de tentativas de jogar basquete para a equipe de cadeirantes, por sugestão do professor Fernando Orso, da ARAD, aqui de Joaçaba, ela acabou treinando para competições em esporte adaptado. Tiveram muita dificuldade, inicialmente, aqui em Joaçaba, pela falta de apoio à ARAD e a ela mesma. Porém, a custa de promoções e alguns patrocínios foram avante e, agora, residem em São Caetano do Sul, São Paulo, onde têm todas as condições para realizar os treinamentos. Aqui, costumavam treinar na pista de atletismo do Clube Comercial, 1 Km de minha casa, onde, por uns 3 anos, acompanhamos os treinamentos dela e de seus amigos da ARAD, proporcionados pelo Fernando.

        Certamente que quem mais acreditou e investiu na atleta, que vai participar das Paraolimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, foi o Dr. Gláucio Grando Galli, do Laboratório Pasteur. Hoje, é corriqueiro ver as fotos da Aline nos jornais ou ela dando entrevistas na TV ostentando a camiseta com a marca PASTEUR.  Parabéns e obrigado ao Gláucio que foi um dos primeiros a acreditarem no potencial da Aline. Aliás, vale ressaltar também a pouca importância que Joaçaba deu ao Fernando, o dedicado treinador, como um profissional diferenciado. Acompanhei a angústia dele pela questão do trabalho e ele fez muito bem em ir embora para um centro maior, onde recebe o apoio que aqui lhe faltou.

         De qualquer forma, sabemos que a camponovense/joaçabense Aline Rocha muito nos orgulha, em especial a nós que privamos da amizade dela e do Fernando, e que os acompanhamos em muitos momentos quando aqui residiam.

        Grande abraço aos dois e mais uma vez parabéns!

Euclides Riquetti
31-12-2015

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