No último dia 10 (de maio, 2013), foi lançado em Chapecó, o Edital para contratação de empresa que venha a produzir estudo e projeto básico para a Implantação da Ferrovia da Integração, aqui no Oeste chamada de Ferrovia do Frango, cujo traçado, já definido, vai de Itajaí, no litoral catarinense, a Dionísio Cerqueira, no Extremo-oeste, divisa com a Argentina. A Valec, um órgão vinculado ao Ministério dos Transportes, é que definiu o traçado da estrada.
O Ministro dos Transportes, César Borges, foi o protagonista do evento. Está animado porque sabe da importância da obra para o Estado e o País. Estava cercado por outras autoridades e parlamentares catarinenses. Alguns desses afirmam que em dois anos já teremos o projeto em execução. Duvido! O estudo e projeto básico precisam contemplar a viabilidade da obra considerando os aspectos técnico, econômico e ambiental. A dúvida pelos prazos não vem pela falta de vontade política, até porque no momento está sobrando vontade. Mas pelas dificuldades que surgem nesses momentos.
Haverá muitos entraves a serem superados, principalmente no quesito ambiental. Não me preocupo com o econômico, porque se há dinheiro para a infra da Copa, haverá para obras mais importantes, como é o caso da melhoria e ampliação da malha ferroviária brasileira. E estão inmclusas no PAC. Mas conhecemos bem esse filme, já vimos o que aconteceu nas construções das barragens aqui na região, principalmente em Piratura/Machadinho, e Campos Novos. Nem é preciso citar nossa BR 101 que, mesmo com toda a pressão que há, anda a passos muito lentos e fazendo vítimas.
Há mais de 20 anos nosso Oeste reivindica a ferrovia, para facilitar o transporte da produção, principalmente originada pela Agroindústria, até um de nossos portos, visando ao embarque de contêineres nos navios para os outros lugares do mundo, em especial Europa e Ásia. Nossas rodovias, projetadas há mais de meio século, sem terceira pista, não comportam mais tanto movimento de veículos, principalmente de caminhões, estes cada vez mais longos e, embora com alta tecnologia de segurança, tornam-se armas fatais em razão do volume de unidades nas estradas.
Itajaí, justamente por estar posicionado no meio, entre os outros dois portos (Imbituba e São Francisco do Sul), acabou sendo o ponto mais viável. Este, no entanto, deverá receber obras e investimentos significativos para modernizar-se e ainda garantir a chegada de navios de grande porte. E a passagem por Chapecó é de indiscutível importância. Bem como a Norte/Sul, importante para se trazer grãos de Goiás, Mato Grosso e Paraná para abastecer a base de nossa agroindústria.
Para os amigos saudosistas, vamos ter a oportunidade de ver novamente os trens passando por aqui, principalmente nós que estamos próximos a Herval D ´Oeste. E a nossa velha "Estrada-de-Ferro", se tiver toda a sua necessária reestruturação, passando a ter bitola maior, 1,60 m entre um trilho e outro, também poderá ser alimentadora ou conectada à nova Ferrovia.
Nós, oestinos, temos muito a oferecer ao Brasil. Parece que agora estão nos olhando com melhores olhos. E vou poder reviver aqueles momentos de criança: Subir num barraco e ficar gritando: "Olha trem!"
Euclides Riquetti
20-05-2013
O Ministro dos Transportes, César Borges, foi o protagonista do evento. Está animado porque sabe da importância da obra para o Estado e o País. Estava cercado por outras autoridades e parlamentares catarinenses. Alguns desses afirmam que em dois anos já teremos o projeto em execução. Duvido! O estudo e projeto básico precisam contemplar a viabilidade da obra considerando os aspectos técnico, econômico e ambiental. A dúvida pelos prazos não vem pela falta de vontade política, até porque no momento está sobrando vontade. Mas pelas dificuldades que surgem nesses momentos.
Haverá muitos entraves a serem superados, principalmente no quesito ambiental. Não me preocupo com o econômico, porque se há dinheiro para a infra da Copa, haverá para obras mais importantes, como é o caso da melhoria e ampliação da malha ferroviária brasileira. E estão inmclusas no PAC. Mas conhecemos bem esse filme, já vimos o que aconteceu nas construções das barragens aqui na região, principalmente em Piratura/Machadinho, e Campos Novos. Nem é preciso citar nossa BR 101 que, mesmo com toda a pressão que há, anda a passos muito lentos e fazendo vítimas.
Há mais de 20 anos nosso Oeste reivindica a ferrovia, para facilitar o transporte da produção, principalmente originada pela Agroindústria, até um de nossos portos, visando ao embarque de contêineres nos navios para os outros lugares do mundo, em especial Europa e Ásia. Nossas rodovias, projetadas há mais de meio século, sem terceira pista, não comportam mais tanto movimento de veículos, principalmente de caminhões, estes cada vez mais longos e, embora com alta tecnologia de segurança, tornam-se armas fatais em razão do volume de unidades nas estradas.
Itajaí, justamente por estar posicionado no meio, entre os outros dois portos (Imbituba e São Francisco do Sul), acabou sendo o ponto mais viável. Este, no entanto, deverá receber obras e investimentos significativos para modernizar-se e ainda garantir a chegada de navios de grande porte. E a passagem por Chapecó é de indiscutível importância. Bem como a Norte/Sul, importante para se trazer grãos de Goiás, Mato Grosso e Paraná para abastecer a base de nossa agroindústria.
Para os amigos saudosistas, vamos ter a oportunidade de ver novamente os trens passando por aqui, principalmente nós que estamos próximos a Herval D ´Oeste. E a nossa velha "Estrada-de-Ferro", se tiver toda a sua necessária reestruturação, passando a ter bitola maior, 1,60 m entre um trilho e outro, também poderá ser alimentadora ou conectada à nova Ferrovia.
Nós, oestinos, temos muito a oferecer ao Brasil. Parece que agora estão nos olhando com melhores olhos. E vou poder reviver aqueles momentos de criança: Subir num barraco e ficar gritando: "Olha trem!"
Euclides Riquetti
20-05-2013
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