Minha coluna no Jornal Cidadela, de Joaçaba
em 18-08-2017
em 18-08-2017
No Rio de
Janeiro, até o dia 13, último domingo, 97 policiais militares já haviam sido
mortos pelos seus antagonistas, a turma que manda no tráfico, principalmente.
Os papéis estão sendo invertidos, os bandidos estão virando mocinhos e estes,
bandidos. Mata-se simplesmente por se matar. Perdeu-se o respeito à autoridade
policial. A vida do ser humano está banalizada. O assunto violência anda
paralelo ao assunto corrupção naquele estado, naquela cidade que já foi
considerada a “Cidade Maravilhosa”. O Rio de Janeiro, historicamente, é a
janela brasileira aberta para o mundo. É a cidade brasileira mais identificada
no exterior, mais mesmo do que Brasília, a Capital Federal.
No País, de uma
forma geral, estamos vendo um governo despreparado tentando governar. Agora,
vemos o Ministro Henrique Meirelles a toda hora tentando justificar a
existência de um déficit nas contas do Governo, que vai passar de 139 para 159
bilhões de reais para 2017 e outro igual para 2018. O Governo promete cortar
despesas com funcionários vinculados ao Executivo Federal e não conceder nenhum
aumento para 2018, ficando congelados os salários dos mesmos. O mesmo deveria
acontecer com os dos poderes Legislativo e Judiciário. Ora, a falta de
credibilidade do Governo e a instabilidade política “congelou” o crescimento de
nossa Economia e isso tem diminuído a força de arrecadação. Não houve efetivo
corte de despesas e estamos vivendo num ambiente de incertezas.
A reforma
política está sendo bombardeada por todos os lados. É certo de que a maioria
dos que vão votá-la apenas estarão atendendo a seus próprios interesses. E,
como de costume, foi deixada para ser encarada “de última hora”. Agora, estão atropelando-a.
Uma “assessora”
de Marcela Temer, a primeira dama do Brasil, foi autorizada a morar num imóvel
funcional do Governo. A Assessora cuida da rouparia e outros assuntos ligados à
primeira dama. Agora, descobre-se que não apenas os Deputados ganham
apartamento funcional para morar, mas também assessores de confiança do
Planalto. Está nomeada para atender o Presidente, mas atende Dona Marcela. O
Palácio do Planalto veio com aquelas “justificativas técnicas e legais”, uma
das coisas mais ridículas que já vi ou ouvi.
Centenas de UPAs
e creches iniciadas ou construídas no Governo de Dilma Rousseff estão fechadas,
por falta de profissionais e equipamentos, ou nem mesmo foram concluídas. Tudo
isso é característica de um Brasil onde o planejamento dá lugar à improvisação.
Falar-se em
moral e bons costumes soa como coisa fora de ordem. Há muito isso tudo deu
lugar à sem-vergonhice descarada. Uma vez dizia-se que tudo se resolveria pela
Educação. Aposentei-me como educador, mas nem eu mais acredito nisso...
Euclides Riquetti – Escritor
Membro da ALB/SC
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