quarta-feira, 17 de abril de 2019

Ademar Miqueloto e Valdecir Frank - a perda de dois amigos

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       Faleceu, na segunda-feira, 15, em Palhoça, SC, meu colega de Ginásio Padre Anchieta Ademar Miqueloto, sendo que seu corpo foi trazido para sua terra natal, Ouro, onde foi sepultado nesta terça-feira. Ademar foi meu colega de no primeiro e no segundo ano do ginásio, em 1965 e 1966. Depois, deixou a escola para trabalhar na fazenda da família, em Serra Alta, na divisa com Lacerdópolis, ajudando seu pai, Luiz, nas lidas com gados e nas plantações agrícolas.

       Na adolescência, o Ademar tinha o apelido de "Motorzinho", jogava no Palmeirinhas, nosso time da "Rua da Cadeia". Jogava com a camisa oito ou a dez, tinha como companheiro o "Tratorzinho", Luiz Alberto Dambrós, também nosso colega de aula. "Motorzinho" foi o apelido que meu irmão, Ironi, nosso treinador, lhe deu. pois ela o "motor" do meio de campo do time. Enquanto o "Tratorzinho" roubava a bola e passava, com elegância, ao Ademar, este a conduzia ao ataque, com elegância e muita habilidade,  onde distribuía aos atacantes "Bianco" (Ivan Casagrande) "Bichacreta" (Juventino Vergani, meu vizinho aqui em Joaçaba, mora 300 m de minha casa), ao Dário Micheletto e outros, que punham a bola nas redes dos adversários.

       Na juventude, morando em Serra Alta, passou a jogar pelo "Verdinha", de linha Sete de Setembro, hoje Distrito de Santa Lúcia.E, a partir de 1981, fundaram o Flamengo de Serra Alta, e ele passou a atuar neste novo clube, tendo construído um campo de futebol na divisa de suas terras com as da Família Bonamigo, próximo da Capelinha  que seu pai construiu, uma igrejinha semelhante àquelas que se vê no Nordeste Brasileiro. Ali, logo atrás da capelinha, situa-se, hoje a ANC, a Associação Nova Concórdia, onde funciona a Academia para a Ciência Futura.

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       Já nesta noite, 17 de abril, quarta-feira, faleceu no Hospital Santa Terezinha, o HUST, de Joaçaba, o colega Valdecir Frank, que se encontrava internado há alguns dias, na UTI, com gravíssimos problemas nos rins e outros órgãos, sendo que seu corpo não respondia aos medicamentos. Mesmo com toda a atenção e eficiência do corpo clínico do hospital, não foi possível salvarem-lhe a vida.

       O "Valde", como o chamávamos, filho do Cesário Frank e da Dona Pina, foi meu amiguinho e primeiro vizinho na infância, em Leãozinho. Tínhamos poucos meses de idade, ele alguns a mais do que eu. Moravam a menos do que 200 metros de distância da casa de meu  padrinho, João Frank ( e da madrinha Raquele Vitorazzi Franck). Fui morar com meus padrinhos com menos de 14 meses de idade, quando nasceu minha irmã Iradi. Eles me criaram até aos oito anos, quando voltei a morar com meus pais e meus irmãos, em Capinzal, para ir à escola.

       Valdecir foi meu primeiro amigo, realmente. E, mais adiante, até meus 10 anos, eu costumava passar minhas férias escolares com a família de meu padrinho, e eu brincava com o Valde. Eu levava bolicas de vidro, repartia com ele, e jogávamos no terreiro em frente de sua casa. Também gostávamos de olhar as pombas que tinham suas casinha na parte externa do paiol, no oitão. Havia muitas, lá. Na propriedade, além de todas as benfeitorias, havia muitos camboins, uma espécie de madeira dura, muito utilizada para a fabricação de cabos para ferramentas como enxadas, pás, picaretas, restelos e outras utilizadas na roça.

        Brincávamos no Rio Leãozinho e íamos aos terços rezados na Capela de Santa Catarina, onde, em fevereiro de 1988, batizamos nosso filho Fabrício. Mantivemos a amizade durante toda a nossa vida, muitas vezes parei lá na casa deles quando por ali passava, na encruzilhada, logo acima de uma ponte. Muitas vezes nos encontramos, no comércio em Ouro, e ele puxava os assuntos de nossas vivências da infância, e com isso muito nos alegrávamos.

       Tanto o Ademar como o Valdecir foram verdadeiros amigos durante toda a vida. O Ademar perdeu o filho Júnior, bem jovem ainda, em acidente rodoviário. O Valdecir perdeu seu irmão Inédio, ainda em sua juventude. O Júnior foi meu aluno e o Inédio meu amigo e vizinho. A vida é assim, há as perdas, e as marcas ficam, as lembranças registradas na mente nos voltam conforme os acontecimentos se sucedem.

       Aos familiares do Ademar e do Valdecir, minhas sentidas condolências, e orações para que fiquem bem no paraíso, lugar para onde imaginamos que vão as pessoas que só fizeram o bem aqui na Terra. Deus os receba bem, e que os anjos os protejam em seu novo Lar.

Euclides Riquetti
17-04-2019
     

     

     



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