domingo, 15 de setembro de 2019

Sobre a propagação de notícias ruins, acomodação e burocracia.


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Acadêmicos do Grande vale - Campeã do Carnaval de 2019 em Joaçaba e Herval d´Oeste - SC


       Li, recentemente, um texto em que é posta uma análise de como se processa a propagação de notícias sobre o Brasil ao redor do mundo, em especial a Europa. O brasileiro, por sua maneira de ser, contestador e inquieto, produz uma imagem muito negativa de nosso País. Se estiverem acontecendo cinco coisas boas e cinco ruins, ele propagará uma boa e nove ruins. Nunca se teve a preocupação maior em mostrar ao mundo o que temos realmente de bom. Apenas, durante algumas décadas, exportamos futebol e conhecimento sobre este. Hoje, exportamos jogadores mais por quantidade do que por qualidade.

       Sempre soube que, além do futebol, lá fora, éramos conhecidos pelo nosso belo carnaval. A exploração do nu (condenável), a exuberância das fantasias, a ginga das mulatas e a habilidade dos percussionistas encantaram e ainda encantam o mundo. Hoje, temos a mostrar aos turistas estrangeiros belas praias, serras contagiantes, uma cultura bastante diversificada. Mas não sabemos, ainda, mostrar ao mundo toda nossa capacidade produtiva, nossa prodigiosa natureza, nosso clima tropical favorável, a regularidade da ocorrência das chuvas, a luminosidade natural. Porém, pela força da iniciativa privada, somos grandes produtores de commodities e industrializados, que vão desde as cerâmicas até aviões de bom desempenho e segurança. Somos um País magnífico! Mas há, muito latente no íntimo do brasileiro, aquele desejo de manifestar-se desfavoravelmente às suas próprias coisas, dando a impressão de que, por aqui, tudo é muito ruim. E, grande culpa disso tudo, é da imprensa nacional, que tem muito prazer em buscar melhores índices de audiências mostrando nossas desgraças, em detrimento do que é bom. Dão grande espaço às porcarias e pouco ao que é importante.

       Por exemplo, quanto têm falado dos focos de incêndio que ocorrem em vários pontos do território brasileiro, como se tudo fosse ocasionado por inescrupulosos danificadores de nosso Ambiente natural! O inverno seco e a ocorrência de geadas fortes secaram os pastos e o fogo pode se propagar facilmente, inclusive ocasionado pelo lançamento de tocos de cigarros nas margens das rodovias. A imprensa e as ONGs culpando o Governo e o Governo achando culpados. Hoje, é preciso observar e analisar tudo atentamente para poder-se perceber o que há de verdadeiro e o que há de falso em tudo o que vimos e ouvimos.

       Em meio a tudo isso, o que mais nos causa pena, é vermos que temos muita gente desempregada, principalmente nas grandes cidades. Nas pequenas, as pessoas sempre dão um jeito de se acomodar em alguma coisa, tentando criar uma forma de obter renda, mesmo que informalmente. Mas a vida dos brasileiros poderia ser facilitada se não houvesse a danosa burocracia atrapalhando a vida de quem quer investir. É dificuldade pra tudo, tem lei pra tudo, tem gente ganhando para fazer as coisas andarem direito, mas tudo acontece ao contrário, pois, nos órgãos públicos, principalmente, se alojam muitas pessoas mal preparadas, ou mesmo de má vontade. A estabilidade gera acomodação e zonas de conforto.

       Por falar em ineficiência, minhas contas de cartão de crédito e outras vinham chegado em minha casa com três semanas de atraso. Agora, com mais de um mês! Pouco me importa se os serviços de correio forem realizados por empresas públicas, autárquicas ou privadas. O que eu quero é que as minhas correspondências cheguem em minhas mãos com a rapidez com que o mundo hoje requer e possibilita.

       Vejo muita reclamação de diversos órgãos públicos brasileiros reclamando de cortes ou contingenciamentos de recursos do Orçamento Geral da União. Ainda bem que estão acontecendo, pois, se fizerem como vinham fazendo durante duas décadas, iríamos ainda mais para o fundo do poço. Mas tem um jeito de as coisas andarem com um pouco de fluidez: é só pararem de reclamar e mexerem-se. Notícias ruins, acomodação de quem deveria agir mais, e burocracia, são entraves para nossa retomada do crescimento. As esperadas reformas, com muitos políticos se colocando na situação de protagonistas, bem ou mal, estão acontecendo!

Euclides Riquetti – Autor do livro “Crônicas do Vale do Rio do Peixe e outros lugares”

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